“DOBRA-SE
UMA DAS PÁGINAS MAIS NOBRES DA DRAMATURGIA NACIONAL”
Por
Fábio Brito
Foi Lima Duarte quem disse
o que está no título aí de cima, quando, emocionado e ao telefone, comentou a
“despedida” (prefiro assim) da grande atriz Marília Pêra. Com a partida dessa
diva, dobra-se uma das páginas mais nobres da dramaturgia nacional. Concordo
com você, Lima Duarte. Ou melhor, o Brasil e o mundo concordam com você. Assim
como ocorre com Fernanda Montenegro, não há quem não veja em Marília uma das maiores
atrizes do mundo.
“Encontrei” essa diva em 1982, quando, depois de alguns anos afastada da telinha, ela retornou à
TV na minissérie “Quem ama não mata”, escrita por Euclydes Marinho.
Desnecessário dizer que ela simplesmente arrasou com sua interpretação (Cláudio
Marzo também brilhou muito) “pra” lá de realista. A força dramática da atriz
era tanta, que eu não desgrudava os olhos da TV em todas as cenas de que ela
participava. Magnetismo mesmo. O tema da minissérie, “pra” lá de polêmico, era
o crime passional. “Taí” uma oportunidade e tanto para uma grande atriz – atriz
de verdade! – mostrar seu excepcional talento.
Entretanto, o talento de
Marília não mostra toda sua força apenas no drama. Ela “ultrapassou a rotulação
de gênero”, como disse o crítico Macksen Luiz. Em 1987, treze anos depois de
atuar em “Supermanoela”, a diva dos palcos volta às novelas, agora para
estrelar “Brega & Chique”, de Cassiano Gabus Mendes, que teria escrito a
personagem especialmente para a atriz. Sua Rafaela rendeu cenas
extraordinárias, que, até hoje, são lembradas com um prazer sempre renovado.
Com um humor refinado e inteligente, ela compôs a personagem como poucas
atrizes conseguiriam fazê-lo. Lidar com humor é complicado, como dizem. Às
vezes, determinado ator é até bom, mas, se passar do ponto, mesmo que
ligeiramente, fica canastrão. Fica “over”, excede e não mais encontra o tom
exato. Para usar um “lugar comum”, Marília Pêra, nessa novela, roubou a cena.
Havia duas protagonistas, mas ela, uma das duas, desde o primeiro capítulo, atraiu todas as
atenções.
No ano
seguinte, 1988, eis que chega à TV a minissérie “O Primo Basílio”, uma
excelente adaptação de Gilberto Braga e Leonor Bassères para a obra homônima do escritor português
Eça de Queirós. Para o papel de Juliana, a empregada de Luísa e Jorge,
convidaram Marília. Ainda em VHS, gravei a minissérie e pude, alguns anos
depois, mostrar cenas dessa trama a meus alunos de Literatura Portuguesa, que
ficaram fascinados com tudo, em especial com a atuação da grande atriz. Hoje,
tanto tempo depois, ainda lembro muitos detalhes, falas inteiras (sem recorrer
aos DVDs ou às fitas). Lembro, por exemplo, a cena em que Juliana surpreende a
patroa quando esta tenta recuperar as cartas – o motivo da chantagem – na
“enxovia” em que Juliana dormia; lembro o embate entre patroa e empregada no
momento em que Juliana revela que tem as cartas, que nem todas foram para o
lixo; lembro ainda a belíssima cena da morte de Juliana: até hoje, os gritos lancinantes
de dor ainda ecoam em minha lembrança. Eis aí a entrega total de uma atriz. Tempos depois da minissérie, li novamente a
obra de Queirós. A Juliana que veio à minha lembrança foi a própria Marília
Pêra, que, com a minissérie, encarnou-a. Não faz muito tempo, chegou aos
cinemas uma adaptação de “O Primo Basílio”. Confesso que até tentei ver. Não
deu! Quando vi a primeira cena com a “nova” Juliana, comparei-a, no mesmo
instante, com a “da” Marília. Não dá! É covardia!, eu disse. E a atriz
do filme era Glória Pires, que é talentosa. No entanto, a Juliana é “da”
Marília, pertence a ela. Maria Monforte, que ela viveu na adaptação de “Os
Maias” (2001), também tem uma força extraordinária.
Marília também atuou no cinema.
Atuou pouco, mas, quando o fez, foi para eternizar suas personagens. O exemplo
mais lembrado é “Pixote, a lei do mais fraco”, dirigido por Hector Babenco, em
que ela viveu a prostitua Sueli. Por esse trabalho, Marília recebeu, entre
outros, o prêmio de melhor atriz da Associação dos Críticos de Cinema dos EUA.
Ou seja, o prêmio representou sua consagração internacional. O filme é
impecável. A cena em que Sueli amamenta o “pixote”, por exemplo, deve ser vista
inúmeras vezes, tamanha a realidade. A prostituta é a própria “mãe” do pixote. Comoventes
a cena e a interpretação de nossa diva. Marília era completa, perfeita. Como
disse Patrícia Kogut, a expressão “artista completa”, em se tratando de Marília
Pêra, pode ser usada sem medo de errar. Ela era atriz, cantora, dançarina,
produtora, diretora. Produziu, por exemplo, “A vida escrachada de Joana Martini
e Baby Stompanato” e dirigiu “O mistério de Irma Vap”, com Nanini e Latorraca,
que ficou onze anos em cartaz.
Porque sempre foi
excelente cantora, Marília brilhou em musicais que figuram entre os melhores já
produzidos no Brasil. Um, em especial, guardo com muito carinho: Elas por Ela, de 1989, exibido pela TV e
registrado em um álbum duplo (LP). Trata-se de uma homenagem
a muitas cantoras brasileiras: de Araci Cortes a Elis Regina. Vale dizer que,
como se guarda um troféu, guardo o álbum desse espetáculo. Minimalista, Marília
realça nessa obra detalhes de cada uma das vozes que ela homenageia. Foi um
estudo primoroso, detalhista. O cuidado é tanto que, mesmo que as pessoas não
conheçam o repertório das divas homenageadas, ouvindo Marília conseguem,
imediatamente, identificar as cantoras, tamanha é a acuidade de Marília ao observar
detalhes que, aos pobres mortais, passariam despercebidos. Genialidade absoluta.
O ator Renato Borghi, que atuou com ela em “A Estrela Dalva” (ele interpretou
Herivelto Martins e, junto com João Elisio Fonseca, escreveu o texto) disse
que, quando Marília chegou para viver sua personagem, ela já sabia todo o texto
da peça, inclusive as canções. Olhe aí o cuidado da estrela, a preocupação com
os detalhes, com a disciplina.
E por falar em cuidado e
em disciplina, é sabido que nossa diva tinha fama de exigente, disciplinada e
rigorosa. Ela jamais reduziu “a seriedade em relação a seu ofício”, como
afirmou Nélida Piñon. Até mesmo em um simples episódio que, para muitos, pode
parecer apenas um “jogo de ego” (e é um pouco, como ela mesma afirmou), Marília
foi rigorosa. Em “Damas na TV”, ela disse que havia sido convidada para “estrelar
uma novela” (no caso, “Brega & Chique”). Antes da estreia, disseram que o
nome de outra atriz, na abertura, precisava sair “na frente” do seu. Marília,
então, propôs ao diretor que “recombinassem”, uma vez que, antes, ele não havia
combinado isso com ela. Resolveu-se o problema: como afirmou a própria Marília,
parece que, “a cada semana, saía o nome de uma na frente”. Nossa diva afirmou
que isso, para ela, era “ponto de honra”. Se se tem toda uma história e um nome
construídos, há que se lutar por eles. É isso aí, Marília! Louvável sua
firmeza.
Marília pertence a uma
estirpe que, infelizmente, parece não se renovar mais: a dos “atores de
verdade”. Ela mesma, em entrevista a um programa de TV, disse que, hoje, o ator
tem de ser disciplinado para não criar nada. Nem se decora mais, uma vez que as
falas são repetidas inúmeras vezes. De uns anos para cá, tenho deparado – não
sem espanto – com rostinhos e mais rostinhos bonitos que se intitulam “atores e
modelos”. A TV, principalmente, está abarrotada dessas figuras, que, não nos
espantemos, também já chegaram ao teatro. Quando, em alguma novela, vejo um
“ator de verdade”, comemoro: “oba”! Sinto falta, entre os chamados novos
atores, de “atores de verdade”. Não faz muito tempo, perdemos Cleyde Yáconis,
Yoná Magalhães e, agora, Marília Pêra. Quem fará a cobertura? Voltando ao que
disse Nélida Piñon no dia em que Marília se despediu, o maior legado que ela
deixa a este país é sua biografia. A
grandeza que Marília oferece ao Brasil é sua biografia, é sua história, é seu
trabalho irretocável e inesquecível. Para que, daqui a algumas décadas, ainda
tenhamos atores “de verdade”, é preciso que o exemplo de Marília seja seguido...
e já.
“(...) Mas eu denuncio. Denuncio nossa fraqueza, denuncio o
horror alucinante de morrer – e respondo a toda essa infâmia com – exatamente
isto que vai agora ficar escrito – e respondo a toda essa infâmia com a
alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma
alegria atonal dentro do it essencial. Não faz sentido? Pois tem que fazer.
Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia
senão a fé em trevas – porque é cruel demais, então respondo com a pureza de
uma alegria indomável. Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver
medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e
profunda terá o melhor de nossa verdade. Eu estou – apesar de tudo oh apesar de
tudo – estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com
palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser
vencida: então eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria: mesmo
o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E a minha própria morte e a
dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é
isto: a alegria do it. E conformar-me não como vencida mas num allegro com
brio.
Aliás não quero morrer. Recuso-me contra ‘Deus’. Vamos não
morrer como desafio?
Não vou morrer, ouviu, Deus? Não tenho coragem, ouviu? Não me mate,
ouviu? Porque é uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde.
(...)”
Lispector,
Clarice. Água viva.
A
CARA DO ESPELHO
Guto
Graça Mello – Nelson Motta
Às vezes pergunto pra cara do espelho
Que olhos são esses que sonhos não mostram
Que medos disfarçam
Que dores escondem
Nenhuma resposta
Só novas perguntas
Que um dia eu me veja na cara de espelho
Do jeito que eu sou
Não da forma que penso
Que quero que seja
E nunca esconda de mim
A procura de um mais que perfeito
Quisera, quisera,
Quisera, quisera,
Quisera saber
Se deuses e santos
São loucos que pensam
Ser loucos e santos
E olhos do espelho
Refletem su luz
Que um dia eu me veja na cara do espelho
Coberta de trapos, de medos, de cores
De falsos amores, morrendo, nascendo
No mais que presente, vivendo, vivendo
Quisera, quisera,
Quisera, quisera
Quisera saber
Se deuses e santos
São loucos que pensam
Ser loucos e santos
E os olhos do espelho
Refletem su luz
Do
espetáculo “Feiticeira”, que Marília Pêra estrelou em 1975.
TÊMPERA
Gonzaguinha
Têmpera
As deusas têm é têmpera
Pura energia e têmpera
Pura magia e têmpera
Temperatura e paixão
É que as mulheres sempre estão
É que as mulheres sempre dão
É que as mulheres sempre são
Sempre serão
A chave de seu tempo
O charme de uma etapa
O tapa na acomodação
O vírus da alegria
O amor
E o nó da solidão
O brilho e a explosão da estrela
Alimentando os corações
Temperar!
Têmpera
Mulheres têm é têmpera
Toda energia e têmpera
Toda magia e têmpera
Têmpera
MORRER
DE AMOR
Oscar
Castro Neves – Luvercy Fiorini
Andei sozinha,
Cheia de mágoas,
Pelas estradas
De caminhos sem fim.
Tão sem ninguém
Que pensei até
Em morrer, em morrer.
TEXTO
DE ANDRÉ VALLE
Eu sempre pensei no teatro como sendo um grande e mágico parque
de diversões. Cheio de truques, de sensações novas e surpreendentes. Pode
parecer uma definição ingênua, pouco profunda, mas é a partir daí que acontece
o meu trabalho. (...)
Do
espetáculo “Elas por Ela”, que Marília Pêra estrelou em 1989.
A grande atriz encerra sua história... quem perde? Nós que vemos a cada dia a TV não valer a pena! Mais uma vez um grande texto! Um abraço, Fábio.
ResponderExcluirObrigado, amigo Luiz Fernando, pela visita a este "blog". Ainda estou sem saber o que dizer acerca dessa partida tão repentina da grande Marília Pêra. Que atriz! Pois é, moço, na TV que está aí, quase não há mais ATORES. Há muitos atores excelentes que foram "jogados para escanteio". Quando recebem algum convite, é para uma participação especial. As grandes estrelas (que estrelas, meu Deus!), hoje, são as carinhas bonitinhas. Façamos o quê? Socorro!
ExcluirSurpreso pela notícia!!! Aliás, como sempre, esses tipos de notícias é você quem as dá para mim!!! A "Velha Senhora" como diz a filósofa D. Dylla... levou mais uma das grandes!!!
ResponderExcluirPodia ter levado uma dessas sem expressividade!!!! (Será que é um comentário maldoso ou inapropriado?)
Bom, seja como for f...-se!!! Já fiz mesmo!!!
Lindo texto!!!
Tem um site que vou te repassar... vai poder fazer um apanhado dos seus textos...
Bjos!!!
Precisamos ir ao Rio ver nossa amiga (IK)!!!
É, Fernando, mais uma grande dama sai de cena. Obrigado pela visita. Passe-me, depois, o "site". Beijos, beijos.
ExcluirVocê entendeu, com brilhantismo e irretocabilidade (para variar), a dimensão da perda para o Brasil com a saída de cena da "kooraxiana" atriz, para entrar imortal na história da cultura nacional.
ResponderExcluirDona de um talento extraordinário e extremamente musical - afinado e burilado com anos de estudo de piano clássico e de canto lírico - Marília certa vez disse em entrevista que veio ao mundo para vingar os pais, pois eles nunca tiveram o reconhecimento devido. Missão cumprida!
Gênio forte, era mulher de opinião. Inflexível até, acusavam alguns. Em entrevistas, ela se defendia da pecha de durona. Diretora e produtora de teatro, dizia brigar por qualidade, ética e respeito – valores herdados da família, formada por muitos atores que deram duro para sobreviver. Gente pobre, distinta e batalhadora que ensaiava o dia todo para se apresentar à noite.
Em 1968, em plena ditadura, ficou famoso o caso em que ela apanhou dos integrantes do Comando de Caça aos Comunistas. A jovem atriz era parte do elenco de Roda Vida, escrita por Chico Buarque e dirigida por José Celso Martinez Corrêa.Tida como comunista - por obra e graça da burrice dos milicos, dos ditadores -, foi presa ao todo três vezes. Comunista não era. Tanto assim que em 1989, ao fim dos vergonhosos anos de chumbo, pediu votos para Fernando Collor de Melo, na tevê.
Mais famosa ficou a declaração por ter votado em Collor porque não entendia nada de política. "Sou muito ingênua", disse. Mais recentemente, ao comentar a crise enfrentada pelo governo petista, lamentou o sacrifício imposto ao povo pelos políticos, dizendo-se aliviada: "Não fui só eu que errei, todo mundo erra.Achei que o Collor poderia mudar o País, eu e 35 milhões de brasileiros. Mas ele tinha de ter aberto o campo para a cultura brasileira. Um estadista teria feito isso. Ali ele me ceifou. Não me arrependi de ter votado nele, mas esse foi um desapontamento grande. No entanto, não vejo que o Brasil esteja caminhando tão maravilhosamente depois do impeachment do Collor."
Fã de Sandy, Zezé di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó – artistas rejeitados pela elite intelectual ("et pour moi, aussi rs")–, Marília dirigiu shows de Wanessa Camargo e da dupla Cristian & Ralph. Gostou do filme 2 filhos de Francisco e brincava com o amigo cineasta Miguel Faria Jr.: queria que ele filmasse "2 filhas de Pêra", estrelado por ela e a irmã, Sandra, também diretora e atriz. Dizia que sua família passou tanto aperto quanto a dos sertanejos Zezé e Luciano.
Da mãe herdou o chamado sangue quente, que levou muitos colegas do meio artístico a caracterizar como gênio ruim. "Tenho uma intolerância, uma ansiedade que venho domando depois que comecei a ler livros indianos sobre a medicina ayurvédica."
Quanto aos seus trabalhos na telinha não posso opinar, pois há mais de três décadas estou afastado da "telê" (jamais dela gostei, nem quando criança ou jovem), assim como não possuo celular (sou ET , com muito prazer rs). No teatro vi-a em inúmeras peças e musicais e só não aprecei-a como Carmem Miranda, pois exagerou ou debochou da "Pequena Notável" , que era um talento flamejante e único, e de quem sou fã adicto.
Sempre Marília ficou gélida dos pés à cabeça antes de entrar em cena. "No palco eu estou sempre entre o gozo e a morte. O fato de ficar gelada não me paralisa, não, mas alguma coisa incorpora e eu tenho medo."
A artista estava trabalhando num projeto de um CD, que seria lançado pela Biscoito Fino. No repertório, canções de Tom Jobim, Johnny Alf, Dolores Duran e de Kurt Weill.
"Incorporei muitas vidas, muitos jeitos que não eram meus, afirmei coisas que não eram verdades minhas, disse mentiras que não eram as minhas mentiras. Acredito e espero que tenha pego desses personagens o melhor e que venha tentando jogar fora o pior de cada um deles", pontuou Marília sobre a amálgama de seres entronizados na sua personalidade.
Siga em paz...estrela para a eternidade.
Santé , axé e beijos
Amigo Marcos, muito obrigado. Seus "pitacos" são sempre excelentes. Gosto muito de suas afirmações categóricas. Sobre nossa diva Marília: também tenho ressalvas quanto a alguns trabalhos. Não gostei, por exemplo, do tom de D. Sarah Kubitschek (na minissérie JK), tanto que vi poucos capítulos. No entanto, a maioria dos trabalhos que ela fez deixou-me em êxtase. Pois é, volto a afirmar: é sempre um luxo e um prazer "recebê-lo" neste "blog", amigo. Um beijo imenso.
Excluir"Mon cher ami"...gratidão imensa pela sua evidente generosidade (coisa de quem pode e dá conta do recado rs).Quanto a ser categórico é porque entendo, sinto e observo que a vida, no que concerne ao que podemos dela "entender", é, de fato, um imperativo categórico, embora, quase sempre, seja um mistério insondável, mesmo. A monumental ou fenomenal Clarice -você citou um dos textos dela que mais coloca-me em estado de emergência e calamidade pública rs- foi categórica ao afirmar: " não tente entender...viver ultrapassa qualquer entendimento".Bingo! O mais difícil, entretanto é ser categórico, com categoria rs.
ResponderExcluirBeijaços, admirado mestre.
Querido Marcos, a vida é esse "mistério insondável" mesmo. Quando à sua escrita, posso afirmar o seguinte: você não escreve "com a ponta dos dedos", meu amigo. Sabe o que faz. É verdadeiro. Beijos, beijos.
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