SOLITÁRIOS INTERPLANETÁRIOS
Angela RoRo
Nesse desalinho de costumes
Vejo terra, pó e muito estrume
Há de cultivar a juventude
Os valores noutra latitude
Os valores noutra longitude
Noutra dimensão que essa não
Não deu pé, nem nunca foi seguro
Esse mundo não tem mais futuro
Há de se plantar um fogo brando
Fogo que ilumine todo um bando
Bando de achados e perdidos
Solitários interplanetários
Que o ranço não os acompanhe
Noutros cantos da imensidão
Fome, guerra, peste e abandono
Nem sequer existiam em ficção
Levarão o grão, semente plena
Paz e a receita para o pão
Solução, a chave do problema
Confiança na intuição
Aos filhos dos filhos de quem se amar...
(Fonte: LP "Eu desatino [1985], reeditado em CD em 2002)
O MUNDO É “BÃO”... O MUNDO!¹
Por Fábio Brito
Não faz muito
tempo, conversando com um amigo ao telefone, eu lhe disse que o mundo é brega, vulgar,
insensível, arrogante, mercenário, pseudointelectual, egoísta, fútil e vazio.
Corrijo agora: o mundo é “bão”. O povo que o habita é que é tudo isso aí. Tudo
mesmo! Penso assim: pouquíssimas pessoas são o contrário disso tudo que eu
disse. Susto? Susto nada, amigo leitor. Caia na real! Muitos vão dizer que sou
bem pessimista. Podem dizer. “Vixe”!
Comprovação?
Vamos a elas! Eis uma historinha que chegou a mim há pouco: lá pelo vigésimo
ano de um casamento “sólido”, a esposa descobre um câncer (no fígado, se eu não
estiver enganado). Depois do diagnóstico, ela viveu apenas dois meses. Duas
horas depois do sepultamento, às 9 horas, para ser preciso, o marido – o bom,
fiel e dedicado marido – já estava numa agência bancária. Fazendo o quê? Uma
fábrica de chocolates a quem adivinhar. Demorou! Ele estava procurando saldo em
conta da esposa! “Tava” atrás de dinheiro, “mermão”! Mas duas horas depois do
sepultamento? Sim, sim! Deus meu! Em que fundo de armário terá ficado perdido o
lado “humano” desse “cara”? Eu não disse que o mundo é mercenário! Ops! O mundo
não! O mundo é “bão”. O povo é mercenário. Por dinheiro, as pessoas matam a
mãe, o pai, a família toda, se preciso for. Recentemente, lendo uma crônica
numa revista, encontrei algo mais ou menos assim: quer conhecer, de fato, a
família? Deixe chegar a hora de dividir a herança. Lembrando “Pecado capital”,
do mestre Paulinho da Viola, é nessa hora, a de dividir a herança, que “irmão
desconhece irmão”.
Quer mais
historinhas? Quando alguém morre e deixa herdeiros, o que os familiares mais
próximos (o cônjuge, geralmente) devem fazer se pretendem requerer a pensão?
Devem ir, primeiro, a uma agência da Previdência Social, ok? Não, “mermão”! A
maioria vai, vai, vai... a uma agência bancária! Vai atrás de dinheiro!
Geralmente, no dia do sepultamento mesmo, como na historinha que contei. Quando
chegam, fazem uma cara de tristeza, que só vendo. Os mais pacientes vão no dia
seguinte, só para não ficar tão feio. Deve haver certo pudor nessa atitude, não
deve? Ai, ai, que povo sensível! É, meu caro, a maioria só pensa em dinheiro. E
há muitos outros exemplos que podem comprovar isso. Qualquer pessoa, sem muito
esforço, vai lembrar vários. E não precisa ir muito longe.
E a falta de honestidade? Será que ela também está
com a maioria? “Onde está a honestidade?”, como perguntaram Noel Rosa e Francisco Alves? Não está
com a maioria, posso afirmar. Recentemente, assistindo a uma entrevista com os
filósofos Mário Sérgio Cortella e Clóvis de Barros Filho, pesquei esta
preciosidade: contrariando um ditado, a ocasião, para Cortella, não faz o
ladrão. Ela apenas revela “o ladrão”. A “decisão” de ser ladrão, segundo ele, é
anterior à ocasião. Concordei plenamente! O que mais encontramos por aí é gente
empunhando bandeira (nas redes sociais, empunham com um vigor tremendo) e
protestando contra casos e mais casos de corrupção que estão vindo à tona em
nosso país. Parênteses: graças a Deus e aos orixás, está havendo punição. Nunca
se puniu tanto. Nunca se descobriram tantos casos de corrupção como agora,
ainda que alguns políticos (não só políticos) medíocres não queiram enxergar
isso. Pois bem, aonde quero chegar? À falta de honestidade de muitos que,
veementemente, protestam contra a corrupção, e também são 'pra' lá de desonestos. Que "coisa" esquisita!
Ainda em
referência à entrevista com os filósofos Barros e Cortella, este lembrou o que
disse Jesus, ao lidar com o cinismo, com o farisaísmo: “Sepulcros fétidos,
caiados de branco”. Por que caiados? Para evitar a contaminação, é claro! No
entanto, por dentro, os corpos em decomposição. Ou seja, podemos “ler”, nos
sepulcros caiados, a questão da aparência. Pois é, muitas pessoas que protestam
por aí são sepulcros bem branquinhos. Pura aparência! Bem afirmou outro
filósofo, Luiz Felipe Pondé², “que a substância última da moral pública é a
hipocrisia”. E todo o mundo sabe disso. Muitos tentam negar a “corrupção de
cada dia”, ou seja, os pequenos atos que, assim como tantos outros, são pura
corrupção. No entanto, como desculpa, alegam que só é corrupção se o estrago e
o dinheiro forem “grandes”. Que ética, “hein”! Em muitos casos, recorrem ao tal
“jeitinho”, que nada mais é do que se servir de uma astúcia para, de certa
forma, “dar uma pernada” na convivência pensando apenas numa vantagem pessoal. O
outro que se dane! Às favas a convivência! Está aí a ética do individualismo
exacerbado. Muitos pensam que só existe o próprio umbigo. Não deveria ser
assim, não é mesmo? A convivência “deve” ser preservada em detrimento do “pirão
individual”. Não falam tanto em solidariedade? Só falam! “Eita” palavrinha bonita!
Pois é, os canalhas, os escroques querem vencer sempre. Para tanto, usam
quaisquer artimanhas e, depois, vão às ruas protestar contra a corrupção na
esfera política. É, meu amigo, só os políticos são corruptos. Só os políticos,
e de UM partido “apenas”! Só os políticos desse partido chafurdam na lama, no
lamaçal da desonestidade. Os políticos de “meu” partido são honestos, meu
vizinho é honesto, meu colega de trabalho é honesto, meus parentes são todos
honestos... Ê... mundão!
Bom, saiamos
um pouquinho da discussão sobre o que há ou não de corrupto na alma humana. Que
tal constatarmos que o mundo é pseudointelectual, fútil e vazio? O mundo não! O
mundo é “bão”. Ih, quase todas as pessoas são filósofas! Quer conhecer muitas?
Vá ao “facebook”! Quando não escrevem as próprias “batatadas” (lugar-comum é
alta literatura perto do que vejo/leio nesse espaço), recorrem a seus “autores
preferidos”. Clarice Lispector, uma das mais requintadas escritoras brasileiras
e uma das melhores do mundo, virou a “sacerdotisa do óbvio”³ nas tais redes
sociais. Atribuem a ela muitas “filosofias” que nem em meu mais terrível
pesadelo eu poderia imaginá-la escrevendo. Drummond também está entre os
campeões quando o assunto é texto “filosófico”. E a lista não para por aí:
deram um descanso ao Veríssimo e ao Affonso Romano de Sant’Anna nos últimos
meses, mas, em breve, eles devem voltar com a corda toda.
Pior que autorias
equivocadas nas redes sociais é quando apresentadores de TV (dizem que são
apresentadores!) resolvem, visando dar um ar de intelectualidade ao programa,
ler algum texto de certo “autor desconhecido”. Por que escolhem exatamente o de
um “autor desconhecido”? Se o apresentador é um intelectual que nunca leu nem
placa de trânsito, onde está o diretor do programa nessa hora? Deve estar no
“facebook” publicando fotos do churrasco da família no fim de semana. Muitos
apresentadores desses programas chinfrins que estão há anos no ar nunca leram um
livro. O pior de tudo é que esses “intelectuais” andam “fazendo muitas
cabeças”. O que eles dizem é a mais pura - e nada relativa - Verdade. Que desastre!
É muito triste e desalentador constatar o que as pessoas andam vendo, ouvindo e
lendo. Indigência total.
No arrastão da
pseudointelectualidade, vêm o vazio e a futilidade da maioria das pessoas. Só
para ilustrar: há um mês, mais ou menos, numa das ruas em que sempre passo, foi
inaugurada uma loja de bijuterias e outros “badulaques”, como cintos, bolsas e
não sei mais o quê. Desde a inauguração, a tal loja está sempre apinhada de
gente. Por que será? E se fosse uma livraria ou uma loja de CDs originais? Poupo-me
do trabalho de dar uma resposta. Aliás, a resposta está dada. E por falar em
lojas de CDs e livrarias, lembrei-me de que, em Vitória, há um tempo, havia
muitas livrarias e lojas de CDs. Na Nestor Gomes, por exemplo, eram várias
as livrarias, tanto que essa rua era chamada de “rua das livrarias”. Eis que, há
uns dias, andando a pé por aquela região, pensei em parar nas tais livrarias e dar uma olhada em algumas novidades. Ingenuamente, fiz isso. Juro
que ingenuamente. Para tristeza minha, pude verificar, “in loco”, que
simplesmente não há mais livrarias ali. Todas, sem exceção, foram fechadas. Noutras
cidades, não é diferente: há dias, lendo um jornal, eu soube que uma das
mais tradicionais livrarias do Rio está fechando as portas. Muitas outras já
fecharam. Dizem que a internet é a grande culpada disso. Só a internet? A culpa maior, para mim, deve ser atribuída à futilidade das
pessoas. Ninguém mais lê. Uns até fingem e ‘o’ fazem muito mal: são leitores de
orelhas de livros e de pobres resenhas, assim mesmo só de “best-sellers”, mas só quando
estes viram filmes. “Cadê” salvação, meu Deus?
Não vejo. Sinceramente, não vejo. Só a futilidade e o vazio reinam.
E as lojas de
CDs? Resistiram à pobreza de espírito? Claro que não! No Rio, há uns anos, a
“Modern Sound”, que não era só uma loja, mas um espaço cultural extraordinário
na Barata Ribeiro, na mítica Copacabana, também não resistiu: fechou suas
portas. Lá, assisti a ‘shows’ fantásticos e comprei CDs raríssimos. No
“Shopping Vitória”, por exemplo, havia muitas lojas de CDs. Hoje, eles, os CDs,
só existem em livrarias e assim mesmo em espaço reduzido em que a falta de
qualidade do que é vendido dá a tônica. Para encontrarmos obras-primas, temos
de dispensar um bom tempo procurando. Que pena! Foi a internet a culpada? Não
só! Mais forte que ela, a internet, volto a frisar, é a futilidade. O que mais vende?
O que é ruim. E o que é ruim é “pirateado” aos borbotões. Em qualquer esquina
deste país, há camelôs vendendo CDs e DVDs piratas. Confundem economia informal
com economia ilegal, como ouvi dia desses. O consolo é que AINDA há alguns
oásis por aí: lojas e artistas que, corajosamente, insistem em investir na
qualidade. São heróis da resistência. Até quando? Não sei.
Para fecharmos
nossos comentários sobre futilidade, vazio e outras “mumunhas mais”, eis um
assunto ao qual sempre volto: o uso do celular. O “zap-zap” está aí, gente,
para provar que o mundo é ‘pra’ lá de fútil e de vazio. Ops! O mundo não. O
mundo é “bão”. Se vejo dez pessoas pelas ruas, nove estão olhando a telinha e
conferindo suas mensagens. O que tanto escrevem? Acho que minha curiosidade
jamais morrerá. Sabe em que pensei dias atrás? Em sair pelas ruas segurando um livro
aberto. Sair lendo pelas calçadas, atravessar as ruas, abrir o livro quando
tiver de conversar com alguém, chegar aos restaurantes lendo... Não fazem isso
com o celular? Se eu fizer isso, Deus meu, qual será meu fim? Internação,
claro! Sou um louco. Louco de coleira. Internem-me! Não há cura para mim. Este
mundo não é meu.
¹ Expressão extraída da canção “O mundo
é bão, Sebastião” (Nando Reis).
² PONDÉ, Luiz Felipe. Guia politicamente incorreto da filosofia:
ensaio de ironia. São Paulo: Leya, 2013.
³ Expressão empregada pelo
cantor/compositor Zeca Baleiro.
“(...)
É impossível o homem permanecer humano a essa velocidade; vivendo como
autômato, será aniquilado. A serenidade, uma certa lentidão, é tão
indissociável da vida do homem quanto a sucessão das estações para as plantas ou
para o nascimento dos bebês.
Estamos a caminho, mas não caminhando,
estamos a bordo de um veículo sobre o qual nos movemos sem parar, como uma
grande jangada, ou como essas cidades orbitais que dizem que haverá no futuro.
Já nada se move a passo de homem. Por acaso algum de nós ainda caminha
lentamente? Mas a vertigem da velocidade não está somente fora, nós já a
assimilamos à mente que não para de emitir imagens, como se também ela fizesse zapping; e talvez a aceleração tenha
chegado ao coração, que já pulsa em ritmo de urgência para que tudo se passe
rápido e não permaneça. Este destino comum é a grande oportunidade, mas quem se
a atreve a saltar fora? Tampouco sabemos mais rezar, porque perdemos o silêncio
e também o grito. [...]
O medo é um sintoma do nosso tempo. A tal
ponto que, raspando um pouco o verniz, é fácil perceber o pânico que subjaz nas
pessoas que perseguem as exigências do trabalho nas grandes cidades. A exigência
é de tal ordem que se vive automaticamente, sem que os atos sejam precedidos de
um sim ou um não. (...)”
(Ernesto Sabato, “A
resistência)
AMANTE DA ALGAZARRA
Não sou
eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta
estranha criatura que fez de mim seu encosto.
É
ela!!!
Todo
mundo sabe, sou uma lisa flor de pessoa,
Sem
espinho de roseira nem áspera lixa de folha de figueira.
Esta
amante da balbúrdia cavalga encostada ao meu sóbrio ombro
Vixe!!!
Enquanto
caminho a pé, pedestre — peregrino atônito até a morte.
Sem
motivo nenhum de pranto ou angústia rouca ou desalento:
Não sou
eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta
estranha criatura que fez de mim seu encosto
E se
apossou do estojo de minha figura e dela expeliu o estofo.
Quem
corre desabrida
Sem
ceder a concha do ouvido
A
ninguém que dela discorde
É esta
Selvagem
sombra acavalada que faz versos como quem morde.
Wally Salomão
“(...) Uma
forma de expressar nossa ética consensual é na forma de ‘Novos Dez Mandamentos’.
Várias pessoas e instituições já tentaram fazer isso. O significado é que eles
tendem a produzir resultados bastante semelhantes entre si, e o que eles
produzem é típico dos tempos em que vivem. Veja um conjunto de ‘Novos Dez
Mandamentos’ de hoje em dia, em que encontrei por acaso numa página pró-ateísmo
na internet (http://www.ebonmusings.org/atheism/new10c.html):
- Não faça aos outros o que não quer que façam com você.
- Em todas as coisas, faça de tudo para não provocar o mal.
- Trate os outros seres humanos, as outras criaturas e o mundo em geral com amor, honestidade, fidelidade e respeito.
- Não ignore o mal nem evite administrar a justiça, mas sempre esteja disposto a perdoar erros que tenham sido reconhecidos por livre e espontânea vontade e lamentados com honestidade.
- Viva a vida com um sentimento de alegria e deslumbramento.
- Sempre tente aprender algo de novo.
- Ponha todas as coisas à prova; sempre compare suas ideias com os fatos, e esteja disposto a descartar mesmo a crença mais cara se ela não se adequar a eles.
- Jamais se autocensure ou fuja da dissidência; sempre respeite o direito dos outros de discordar de você.”
- Crie opiniões independentes com base em seu próprio raciocínio e em sua experiência; não se permita ser dirigido pelos outros.
- Questione tudo.
(Fonte: “Deus, um delírio”, Richard Dawkins)
“A modernidade
legou-nos, entre tantas coisas, o indivíduo como ser isolado de seu contexto
social. Na Antiguidade e na Idade Média, o indivíduo identificava-se com os
interesses de sua comunidade. Como nas tribos indígenas, o bem-estar de todos
dependia da felicidade de cada um.
Na modernidade, o indivíduo adquire
predominância sobre a sociedade. (...)
(Fonte: “Gosto
de uva: escritos selecionados”, Frei Betto)
O HOMEM; AS VIAGENS
O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte - ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto - é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
ANDRADE,
Carlos Drummond de. As impurezas do
branco.
KKKKKKKKKK... Todo mundo engordando e Ro Ro no caminho contrário!!!!
ResponderExcluirAs pessoas são tudo o que você escreveu... mas... "o mundo é um moinho"... vai triturando tudo sem dó e sem piedade!!!!
Segundo o mestre Cartola, Fernando, o mundo/moinho tritura, inclusive, os sonhos mesquinhos. Obrigado pela leitura.
ExcluirO maior problema da humanidade é a falta de humanidade! Excelente texto, meu amigo!
ResponderExcluirSó para ressaltar sobre os "apresentadores", o que mais me deixa pasme é quando eles fazem seus discursos "politizados" a plateia vai à loucura. Claro que orquestrada por um ajudante de palco, mas, mesmo assim, arrepia, a mim arrepio de nojo, porém a outras pessoas que conheço de emoção. E isso só comprova que o dom da palavra foi banalizado, esses "apresentadores" e o "Zap" são vistos e lidos como em outrora lia-se Drummond, Quintana e outros tantos mestres das palavras, mas esse é o mundo que nos resta. Temos que fundar um grupo para fugir dessa banalização que se tornou a vida, podemos analisar poemas, contos e desfrutar de palavras que realmente valem a pena. O que acha? Grande abraço!
Obrigado, Luiz, pela leitura, pela visita a este 'blog'. Pois é, os tais "apresentadores"... Deus meu! Os "politizados", então, conseguem superar os "filósofos". Outro dia, pensei em uma (muitas!) noite da "vinhosia". Ou seja, vinho e "poesia". Leremos muitos poemas e tomaremos bons vinhos. Topa? Abração, meu amigo.
ResponderExcluirOlé amigo Fábio , esse mundo é " bão mermo", esta semana mesmo fui colocada no paredão por uma colega que ixigia que eu tivesse zap zap, pois ela está abandonando o face pois no zap zap, tudo é ao vivo e a cores, ao tentar explicar os motivos pelos quais resisto o watsap , ela não perdeu tempo mando " a letra" tu é pobre mesmo né, assim vai ficar para trás, sozinha, enfim, seu texto com primor habitual diz muito do que gostaria de gritar , sem contar essa história do Banco, já tá virando banalidade para muitos a " tal" da morte. Quanto aos filósofos de facebook , tenho a forte impressão que há uma necessidade interna forte do ser humano falar , já que muitos não têm atitudes honestas que são bonzinhos . Tá enjoando, esse enredo todo. Tenho vontade de compartilhar seus textos para que todos os moradores que vivem n " Facecity" lessem, mas ....eles não leem textos com mais de dois períodos , no máximo, poucos param para ler, enfim seu texto coloca muito bem questões que deveriam ser discutidas mais vezes pois mesmo o mundo sendo " Bão" tem muita gente sem noção. Parabéns pela abordagem do assunto. Pertinente e bem colocada. Bjs!
ResponderExcluirQuerida Isabel, muito obrigado pela presença neste espaço. Que bom encontrá-la aqui! É, minha amiga, essa história de "zap-zap" está um horror. Engraçado que as pessoas vão logo "exigindo" esse "negócio". Quanta futilidade! Sinto-me muito honrado quando dizem, com outras palavras, que sou um "ogro". Sou mesmo! Sou "primitivo", como bem disse o Manoel de Barros. É ótimo ser assim! Sou LEITOR, sou SENSÍVEL. As pessoas mais inteligentes que conheço não têm essa bobagem de "zap-zap". Sabe por quê? Porque elas têm o que fazer. No texto, sugiro que andemos pelas ruas com um livro aberto. Olhe que beleza! Acho que sou um ET. Estou fora desse mundo de gente fútil e vazia. Sou exceção mesmo! Quero tempo para o silêncio. Quero tempo para a "sozinhez". Quero tempo para a LEITURA. Quero tempo para assistir a FILMES. Quero tempo para sair por aí FOTOGRAFANDO. Quero distância de barulho. Um beijo imenso.
ExcluirMuito boas as reflexões, Fábio.
ResponderExcluirBeijos, Valéria Bressan
Querida Valéria, que ótimo receber sua "visita"! Obrigado. Um beijo.
Excluir"Topado"! Um grande abraço!!!
ResponderExcluirObrigado, Luiz. Estaremos juntos. Abração.
ResponderExcluirQueridíssimo amigo de afinidades eletivas e/ou intelectivas... principalmente artístico/políticas.Para variar seu texto é um primor de sagacidade, senso de oportunidade histórica, realismo "y otras cositas más" e, melhor: perfeito tanto nos aspectos formais quanto conteudistas.Diria mesmo que é "kooraxiano".Amei e considero, este, seminal.Realmente precisa ser compartilhado com quem ainda tem um mínimo de noção rs.Impressionante como identifico-me com toda a sua criticidade lucidíssima.Se eu tivesse talento para as letras, faria algo um tantinho similar rs.Quanto ao primitivismo, ganho "docê". Nem celular possuo rs. Quanto a usar livro no lugar do caricato e vazio "zapzap", já faço há décadas. Sempre estou com um livro aberto no metrô, nas filas, nos "restôs" (se estou acompanhado, não... sou civilizado-dizem as boas e más línguas rs-).. O mundo é "bão dimais da conta"...quem o estraga são estas asnices "feissibuquianas", os mal resolvidos sexualmente, os políticos e/ou pessoas canalhas/corrptas, enfim, o povo do mal .Infelizmente - sabe-se , academicamente- que a média das pessoas é medíocre.Não é caso de ver para crer: tá na cara.Antes que digam que, também sou medíocre, meus sinceros agradecimento rs (sem escárnio rs). Teria muitos comentários singelos a fazer.Adversativamente meu tempo - que é vida e não dinheiro- está escassíssimo. De coração, parabenizo-o por mais este seu gol de placa. Ele eleva e lava (aliteração proposital rs) as alminhas aflitas com tanta idiotice generalizada (credo!).Beijaços, grande mestre.
ResponderExcluirMarcos, meu querido amigo, muito obrigado por mais uma "visita" a este "blog". Vou repetir sempre: é um luxo tê-lo por perto. E quem disse que você não tem "talento para as letras"? Rapaz, só os recados que você deixa aqui ou no "face" 'já' são textos primorosos. Sua capacidade de articulação de ideias e seus argumentos consistentes dão um banho em muita gente por aí. Você é "kooraxiano", seu texto é "kooraxiano", suas ideias são "kooraxianas". Para mim, é um presente e tanto ser seu amigo. Um beijo carinhoso.
ResponderExcluirVou repetir sempre: o valor da crítica está no valor que damos ao crítico.Sou admirador explícito e convicto das suas enormes potencialidades intelectivas, além dos evidentes bom gosto e sensibilidade, luxuosamente amparados por uma inteligência luminosa.Ato contínuo, minha gratidão pela sua generosidade ou gentileza em elogiar minhas modestas e intensas linhas.Não tem preço ter meus recados avaliados como "kooraxianos", justamente por um mestre capacíssimo/"kooraxiano" e, melhor: um queridíssimo amigo.Um motivo a mais para achar o mundo "BÃO DIMAIS DA CONTA, SÔ". Presentaço é ter sua amizade que, não podemos esquecer, aconteceu graças às forças do Astral Superior, intermediadas pela `"kooraxianíssima ITHAmáxima" rs".Abraço apertado e beijo estalado.
ResponderExcluirQuerido Marcos, muito, muito obrigado. As amizades sinceras é que tornam o mundo "bão". Obrigado, amigo "kooraxiano". Um beijo carinhoso.
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