sexta-feira, 6 de abril de 2012

TARJA PRETA




“O mundo está grosseiro e insensível aos detalhes. Assusta e vem pisando tudo, feito polícia montada. Mas a arte, delicada e feita de elementos sutis que é, consegue existir apesar dele.”                                                                                                                       Maria Bethânia


PODRES PODERES
Caetano Veloso

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais

Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais

Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?


Será, será que será que será que será
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval

Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau

Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas
E nos Gerais?


Será que apenas os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas
E nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais

Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
 Indo e mais fundo
Tins e bens e tais

Fonte: VELOSO, Caetano. Letra só. Seleção e Organização: Eucanaã Ferraz. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.



TARJA PRETA
Por Fábio Brito
            Os bons livros estimulam a leitura crítica, fazem o leitor pensar “por conta própria”. E nenhum livro pode ser visto como um dogma. Nenhum! Eles existem para que, por meio de sua leitura, formemos nossas crenças, nossas opiniões e nelas possamos acreditar. Os dogmas, como bem pontuou Gustavo Bernardo¹, são “as sentenças emprestadas, as ideias que nos mandaram repetir e reproduzir, papagaios dos outros, marionetes dos outros. Estas sentenças chegam e bloqueiam o aparecimento de outras, das nossas, das ideias que poderiam ser próprias se não fossem bloqueadas pelas alheias”. E não há nada mais dogmático do que essa "literaturazinha vulgar" que, aos montes, invade casas, escolas e livrarias. Infelizmente, é dessa literatura que muita gente gosta. E é tendo como referência um padrão inferior, que pessoas politicamente corretas censuram obras que favorecem o debate, a discussão e fazem crescer. Argh! 
E uma obra que, há pouco tempo, esteve na mira dos "politicamente corretos" é simplesmente Caçadas de Pedrinho, do mestre Monteiro Lobato. Não conheço nenhum livro desse papa da literatura infantojuvenil que seja condenável. Por que, então, censurá-lo? Caçadas de Pedrinho foi um dos primeiros livros que li em minha vida. E exatamente essa obra foi alvo, em 2009, de debates e discussões... em decorrência de seu suposto conteúdo racista. Meu Deus! Aonde vamos?  
Essa polêmica acerca da obra de Lobato traz à tona a velha e bolorenta questão do eterno maniqueísmo em que vivemos e de que, sem o saber, somos vítimas: de um lado os bonzinhos, os “politicamente corretos”, que, com autoritarismo e arrogância, querem defender os ingênuos de tudo o que é mal; do outro, os revoltados, incorretos politicamente, que querem engendrar a desordem e o “desamor entre os homens”. Nossa! Como esse tal maniqueísmo impede que os argumentos nasçam! É preciso - dizem - "salvar" as crianças das obras que estimulam o preconceito e outros males. Diante disso, por que, então, não levamos essas obras "ameaçadoras" para a sala de aula?! Debatamos, pois, com os alunos os assuntos que elas abordam! Façamos esses alunos pensarem! Não dá?! Já sei! Os professores, ou "quem quer que seja", não leram (leram mesmo!) as obras. Quando digo "leitura", não me refiro ao reconhecimento das letras, das sílabas, das palavras: "b + a = ba; r + a = ra; t + a = ta - barata". Refiro-me, sim, à leitura como momento da construção do texto, o que não é tarefa fácil para muitos.  
Ler vai muito além do que o senso comum entende como leitura. Muito mesmo! A obra, quando liberta e acrescenta, tem um valor imensurável. Mas é preciso fazer uso da leitura de forma criativa e criadora. Para a interpretação dos textos, deve-se considerar também a experiência histórica do invidíduo. Por que o professor não ensina isso? Por que as "leis" não dizem isso? Porque é mais simples banir as obras que "ameaçam", não é mesmo? É mais fácil "tirar do alcance" das crianças exatamente livros que podem libertá-las e acrescentar-lhes uma bagagem importante para a toda a vida. 
O ato de ler é um modo de ser, é um modo de viver. É, em verdade, uma convicção. As obras de Lobato propiciam - e como! - isso. Emília, por exemplo, uma das personagens mais ricas e fascinantes da literatura, mudou minha vida e a de muitas crianças. Em Memórias de Emília, por exemplo, é a própria boneca quem nos diz: "Sou a Independência ou Morte!". Ela é desafiadora, espevitada, irônica, criativa. Tudo o que ninguém questiona é questionado por ela o tempo todo. Ela é subversiva "até debaixo d'água". Depois que passamos a conhecê-la, uma perguntinha não nos sai da cabeça: e se tudo o que está aí fosse diferente? Pois é, e lá vêm uns e outros dizerem - com "verbos sem conteúdo" - algo sem sentido acerca não só da Emília, mas de toda a obra lobatiana. Sinceramente, não tenho mais saúde ou paciência para esse tipo de celeuma.  
Pois é, pelo que temos visto e ouvido  por aí, chegou a hora de não só a literatura de Lobato (ou de outros excelentes escritores) ostentar uma bela tarja preta, mas os dicionários também. O Houaiss, um dos melhores do país, também está na mira dos censores, simplesmente porque, no verbete “cigano”, há o uso pejorativo. Ai... socorro! Dicionário, como bem disse João Ubaldo Ribeiro², “é um trabalho lexicográfico, não uma peça normativa. O lexicógrafo não concorda ou discorda do uso de uma palavra ou expressão qualquer. Obedecendo a critérios tão objetivos e neutros quanto possível, constata o uso dessa palavra ou expressão e tem a obrigação de registrá-la. Eliminar do dicionário uma palavra lexicograficamente legítima não só é uma violência despótica, como uma inutilidade, pois a palavra sobreviverá, se tiver funcionalidade na língua, para que segmento seja”. A língua é dinâmica e, como tal, vai mudando, vai incorporando novos significados, que nascem, não raro, do uso cotidiano.
Não precisamos de mais capatazes, de mais censores. Precisamos, sim, de gente que entenda que a língua é liberta, assim como as pessoas que a usam. Precisamos, sim, de pessoas que consigam entender - mesmo que medianamente - a grandeza de Lobato, um dos grandes luxos da literatura brasileira, e a importância dos dicionários. Em vez de bani-los (Lobato e os dicionários), deveriam exaltá-los.  
1. BERNARDO, Gustavo. Redação inquieta. 4ª ed. São Paulo: Globo, 1991.
2. O Globo, domingo, 11 de março de 2012 (Opinião, p. 7).

VEM AÍ O ESTATUTO DA PALAVRA
João Ubaldo Ribeiro
Para mim, é sinal de atraso, mas acho que sou minoria. Estamos atravessando um interessante processo sociopolítico, em que o comportamento pessoal e particular é cada vez mais controlado, com a nobre finalidade de nos proteger, geralmente de nós mesmos. Já imaginei várias possíveis consequências disso, inclusive a criação das figuras da ortocópula e da cacocópula. Não, o Estado não instalará câmeras de tevê nas alcovas, para monitorar a intimidade dos casais. Só creio que isso pudesse acontecer, ainda que muito remotamente, em São Paulo, onde hoje é bem mais fácil ser assaltante do que fumante. Se o assaltante estiver fumando, duvido que assalte qualquer coisa em Congonhas, por exemplo, porque, assim que passar por baixo da marquise, um ou dois policiais o pegarão. Já assalto simples, sem cigarro, é outra coisa.
Não haverá necessidade da monitoração, a não ser por ordem judicial. O Estado definiria uma cópula otimizada, numa escala, vamos dizer, de um a cinco. Nessa faixa, teríamos a ortocópula. Passando de cinco, já se começaria a pisar o arriscado terreno da cacocópula. A iniciativa da ação estatal seria nos mesmos moldes da lei da palmada. O cônjuge atingido poderia denunciar o autor da cacocópula, ou isso poderia caber a quem quer que tivesse condição de levantar suspeitas, tais como vizinhos e parentes. Se o casal vizinho tem uma trilha sonora exuberante durante suas conjunções carnais, aludindo, em voz audível através de um copo na parede, a práticas consideradas inaceitáveis pelos padrões oficiais, o longo braço da lei pode alcançá-lo. Mesmo que tanto ela quanto ele garantam que fazem aquilo somente entre os dois e gostam desse jeito, serão classificados como anormais e levados a tratamento psiquiátrico. Não se obtendo êxito, paciência. Compete ao Estado zelar pelo bem deles e, portanto, o divórcio será obrigatório, podendo ambos inscrever-se no programa governamental "Refaça Sua Vida", que permitirá novo casamento aos que comprovarem ter abandonado atos sexuais ilícitos. Os filhos estarão bem entregues a parentes e, na falta destes, a alguma das exemplares instituições que o Estado mantém para a guarda e educação de menores desamparados.
Agora há novamente paladinos da sociedade perfeita, o que lá seja isso, que querem censurar dicionários. De vez em quando, aparece um desses. Censurar a lexicografia é uma curiosa inovação. Dicionário é um trabalho lexicográfico, não uma peça normativa. O lexicógrafo não concorda ou discorda do uso de uma palavra ou expressão qualquer. Obedecendo a critérios tão objetivos e neutros quanto possível, constata o uso dessa palavra ou expressão e tem a obrigação de registrá-la. Eliminar do dicionário uma palavra lexicograficamente legítima não só é uma violência despótica, como uma inutilidade, pois a palavra sobreviverá, se tiver funcionalidade na língua, para que segmento seja.
Não se pode legislar o funcionamento da língua. O que se pode, no máximo, é regular a chamada norma culta, que poderia ter qualquer outro nome, porque é destinada apenas a manter um pouco da estabilidade da comunicação necessária à sociedade, desde o convívio interpessoal aos documentos de uso comum, da propaganda às leis. Se não fosse assim, dentro de pouco tempo a comunicação verbal seria quase impossível. De resto, a língua é viva e livre e ninguém manda nela, nem mesmo as ditaduras. E não insulta ninguém, depende para isso de seus usuários, que criam o que é considerado ofensa.
Mas os usuários são renitentes, de forma que, como no caso da cópula, isso tem que ser regulado, não é possível permitir que o dicionário registre termos que poderiam ofender algum indivíduo ou categoria. Acho que tem muita limpeza a ser feita e agora mesmo me ocorrem cretino, imbecil, idiota, boçal e outras palavras muito usadas para insultos, que, ainda por cima, são empregadas erroneamente, pois sabe-se atualmente que o boçal não tem culpa de sua boçalidade. Há muita gente que acha que se trata de um triste problema genético e todo boçal é uma vítima que, assim como o bandido, foi marginalizada (ou excluída, que está mais na moda) e sofreu bullying na infância.
Urge também o banimento de palavras que agravem povos irmãos, mesmo que hoje seus países não existam mais politicamente, como beócios e capadócios. Os já citados cretinos são outro caso deplorável, pois, para grande vergonha nossa, a palavra vem do francês crétin, a qual, por sua vez, vejam como o mundo dá voltas - se originou de chrétien, ou seja, cristão. Patenteia-se aí um claro insulto a toda a cristandade e cretino merece dupla proibição. Baiano burro (aliás, mentalmente prejudicado, para não ofender o burro e incutir nas crianças desprezo por um animal tão útil à humanidade) nasce morto, bem sei, mas não se fazem mais baianos como antigamente e não duvido que surja um grupo na Bahia, empenhado em abolir termos e expressões como "baianada" e "gelo de baiano". E certamente apoiarão seus irmãos paulistas na justa revolta destes, ao serem informados de que lombo de carne de boi é chamado na Bahia de "paulista" e que muitos baianos, a cada dia, dizem casualmente "hoje eu vou comer um paulista lá em casa".
Com os dicionários expurgados, não mais compreenderemos livros escritos antes desta era. É um preço pequeno a pagar, para nos livrarmos de uma herança maldita e tornar nossa língua própria para os anjos que em breve seremos. Aguardo agora normas sobre as artes. As artes deverão ser obrigadas à imparcialidade e a conceder espaço igual a todos. Assim, se o vilão de um romance for católico e o mocinho evangélico, será exigida, concomitantemente, uma versão com os papéis invertidos. Se um samba falar que "minha nega me traiu", vai ter que haver outra versão, com a mesma melodia, cantando "minha loura me chifrou". E por aí vamos, ainda chegamos ao primeiro mundo.
Fonte: O Globo, domingo, 11 de março de 2012 (Opinião, p. 7);



VAMOS QUEIMAR OS DICIONÁRIOS
Lya Luft
Quando a gente pensa que já viu tudo, não viu. Faz algum tempo, dentro do horroroso politicamente correto que me parece tão incorreto, resolveram castrar, limpar, arrumar livros de Monteiro Lobato, acusando-o de preconceito racial, pois criou entre outras a deliciosa personagem da cozinheira Tia Nastácia, que, junto com Emília e outros do Sítio do Picapau Amarelo, encheu de alegria minha infância. Se formos atrás disso, boa parte da literatura mundial deve ser deletada ou "arrumada". Primeiro, vamos deletar a palavra "negro" quando se refere a raça e pessoas, embora tenhamos uma banda Raça Negra, grupos de Teatro Negro e incontáveis oficinas, açougues, borracharias "do Negrão", como "do Alemão" "do Portuga" ou "do Turco". Vamos deletar as palavras. Quem sabe, vamos ficar mudos, porque ao mal-humorado essencial, e de alma pequena, qualquer uma pode ser motivo de escândalo. Depende da disposição com que acordou, ou do lado de onde sopram os ventos do seu próprio preconceito.
 Embora meus ·antepassados tivessem vindo ao Brasil em 1825, portanto sendo eu de muitas gerações de brasileiros tão brasileiros quanto os de todas as demais origens, na escola havia também a turminha que nos achacava com refrãos como "Alemão batata come queijo com barata". Nem por isso nos odiamos, nos desprezamos. Eram coisas infantis, sem consistência. O que vemos hoje quer mudar a cara do país, ou da cultura do país, e não tem nada de inocente.
Um dos negros que mais estimei (no passado, porque morreu), ligado a mim por laços de família, era culto, bom, interessante, nossos encontros eram uma alegria. Com ele muito aprendi, sua cultura era vasta. A cor de sua pele nunca me incomodou, como, imagino, não o aborreciam meus olhos azuis. Havia coisas bem mais positivas e importantes entre nós e nossas famílias. Não vou desfilar casos com amigos negros, japoneses, árabes, judeus, seja o que for. Mas vou insistir no meu escândalo e repúdio a qualquer movimento que seja discriminatório, que incite o ódio de classes ou o ódio racial, não importa em que terreno for.
Agora, de novo para meu incorrigível assombro, em um lugar deste vasto, belo, contraditório país que a gente tanto ama, desejam sustar a circulação do Dicionário Houaiss, porque no verbete "cigano" consta também o uso pejorativo - que, diga-se de passagem, não foi inventado por Houaiss, mas era ou é uso de alguns falantes brasileiros, que o autor meramente, como de sua obrigação, registrou. Ora, para tentar um empreendimento desse vulto, como suspender um dicionário de tal peso e envergadura, seria preciso um profundo e preciso conhecimento de linguística, de lexicografia, uma formação sólida sobre o que são dicionários e como são feitos.
O dicionarista não inventa, não acusa nem elogia, deve ser imparcial - porque é apenas alguém que registra os fatos da língua, normalmente da língua-padrão, embora haja dicionários de dialetos, de gírias, de termos técnicos etc. Então, se no verbete "cigano" Houaiss colocou também os modos pejorativos como a palavra é ou foi empregada, criticá-lo por isso é uma tolice sem tamanho, que, se não cuidarmos, atingirá outros termos em outros dicionários, com esse olhar rancoroso. Vamos nos informar, antes de falar. Vamos estudar, antes de criticar. Vamos ver em que terreno estamos pisando, antes de atacar obras literárias ou científicas com o azedume de nossos preconceitos e da nossa pequenez ou implicâncias infundadas. Há coisas muito mais importantes a fazer neste país, como estimular o cuidado com a educação, melhorar o atendimento à saúde, promover e preservar a dignidade de todos nós.
Ou, numa mistura maligna de arrogância e ignorância - talvez simplesmente porque não temos nada melhor a fazer -, vamos deletar as palavras que nos incomodam, os costumes que nos irritam, as pessoas que nos atrapalham e, quem sabe, iniciar uma campanha de queima de livros. De autores, seria um segundo passo. E assim caminhará para trás, velozmente, o que temos de humanidade.
Fonte: VEJA, 11 de março, 2012



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6 comentários:

  1. 1984, o livro, está cada vez mais saindo do mundo da ficção e se tornando realidade... onde iremos parar???

    Outra problemática é a questão da leitura... como se colocam professores que não tem o hábito da leitura para dar aula para meninos e meninas em fase de alfabetização??? É surreal!!!

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    1. Talvez a resposta seja esta, Fê: seleção mais rigorosa de professores. Leitura e escrita deveriam ser cobradas... e muito! Obrigado pela visita.

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  2. Uma "sábia-louca", como essa "sensata-sociedade" classificou-a, abriu meus olhos para uma questão importantíssima de nosso tempo: 'Não existem mais inocentes: existem espertos ao contrário' (Estamira). Jesus!, quem é o louco? E o sábio? Retóricas que assustam. Ler é um vício, como diz o clichê. Mas, não ler é viver viciado no nada!

    Meu amigo, excelente crônica e maravilhosa postagem. Obrigado pelo biscoito fino!

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  3. Bom lembrar D. Estamira, Rodrigo. As lições dessa senhora, que faleceu recentemente, ficarão "cravadas".
    Obrigado pela visita, pelos comentários sempre precisos, inteligentes, sensatos.
    Abração,

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  4. Hoje me dei de presente parar por alguns instantes e degustar os textos novos postados aqui... começo por esse...
    Fábio, como me sinto liberto ao ler em suas colocações pensamentos, protestos que me revoltam e tomam meu coração filosófico... sabe poeta, ao ler o seu texto e me deparar com o trecho: "ler vai muito além do que o senso comum entende como leitura. Muito mesmo! A obra, quando liberta e acrescenta, tem um valor imensurável", trouxe ao meu coração e depois à minha lembrança (o livro tem esse poder: atinge primeiro o coração...) muitos livros, sabe que do Monteiro Lobato o meu personagem preferido era o Visconde... mas, lembrei-me mesmo foi de um livro da antiga coleção Vaga-Lume (li todos) o danado do "Zezinho dono da porquinha preta", causou-me uma revolução, um ESPANTO (que mais tarde pude compreender ao estudar em ontologia dentro da Filosofia o significado dessa palavra)... a música postada fala muito e cá pra nós querem mesmo é nos (tentam, mas nunca conseguirão, porque pensamos e quem pensa existe) nos enrolar e "embromar"!!!
    Cronista, na ausência do que fazer (na política é quase uma regra geral) qualquer coisa serve não é? Deixem Monteiro Lobato em paz, deixem o dicionário cumprir sua função e basta! Façam uma política limpa é o que desejamos!!!
    Abraço,
    Hércules Campos

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    1. Hércules, meu querido, que bonito seu comentário!
      Ler é exercitar a cidadania, não é mesmo?
      Bom saber um pouquinho de sua história de leitura e das transformações que elas proporcio naram.
      Um abração, meu amigo.
      Mais uma vez, obrigado pela visita.

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