domingo, 30 de agosto de 2015

O MUNDO É "BÃO"... O MUNDO!



SOLITÁRIOS INTERPLANETÁRIOS
Angela RoRo

Nesse desalinho de costumes
Vejo terra, pó e muito estrume
Há de cultivar a juventude
Os valores noutra latitude
Os valores noutra longitude
Noutra dimensão que essa não
Não deu pé, nem nunca foi seguro
Esse mundo não tem mais futuro
Há de se plantar um fogo brando
Fogo que ilumine todo um bando
Bando de achados e perdidos
Solitários interplanetários
Que o ranço não os acompanhe
Noutros cantos da imensidão
Fome, guerra, peste e abandono
Nem sequer existiam em ficção
Levarão o grão, semente plena
Paz e a receita para o pão
Solução, a chave do problema
Confiança na intuição
Aos filhos dos filhos de quem se amar...

(Fonte: LP "Eu desatino [1985], reeditado em CD em 2002)



O MUNDO É “BÃO”... O MUNDO!¹
Por Fábio Brito
Não faz muito tempo, conversando com um amigo ao telefone, eu lhe disse que o mundo é brega, vulgar, insensível, arrogante, mercenário, pseudointelectual, egoísta, fútil e vazio. Corrijo agora: o mundo é “bão”. O povo que o habita é que é tudo isso aí. Tudo mesmo! Penso assim: pouquíssimas pessoas são o contrário disso tudo que eu disse. Susto? Susto nada, amigo leitor. Caia na real! Muitos vão dizer que sou bem pessimista. Podem dizer. “Vixe”!
Comprovação? Vamos a elas! Eis uma historinha que chegou a mim há pouco: lá pelo vigésimo ano de um casamento “sólido”, a esposa descobre um câncer (no fígado, se eu não estiver enganado). Depois do diagnóstico, ela viveu apenas dois meses. Duas horas depois do sepultamento, às 9 horas, para ser preciso, o marido – o bom, fiel e dedicado marido – já estava numa agência bancária. Fazendo o quê? Uma fábrica de chocolates a quem adivinhar. Demorou! Ele estava procurando saldo em conta da esposa! “Tava” atrás de dinheiro, “mermão”! Mas duas horas depois do sepultamento? Sim, sim! Deus meu! Em que fundo de armário terá ficado perdido o lado “humano” desse “cara”? Eu não disse que o mundo é mercenário! Ops! O mundo não! O mundo é “bão”. O povo é mercenário. Por dinheiro, as pessoas matam a mãe, o pai, a família toda, se preciso for. Recentemente, lendo uma crônica numa revista, encontrei algo mais ou menos assim: quer conhecer, de fato, a família? Deixe chegar a hora de dividir a herança. Lembrando “Pecado capital”, do mestre Paulinho da Viola, é nessa hora, a de dividir a herança, que “irmão desconhece irmão”.
Quer mais historinhas? Quando alguém morre e deixa herdeiros, o que os familiares mais próximos (o cônjuge, geralmente) devem fazer se pretendem requerer a pensão? Devem ir, primeiro, a uma agência da Previdência Social, ok? Não, “mermão”! A maioria vai, vai, vai... a uma agência bancária! Vai atrás de dinheiro! Geralmente, no dia do sepultamento mesmo, como na historinha que contei. Quando chegam, fazem uma cara de tristeza, que só vendo. Os mais pacientes vão no dia seguinte, só para não ficar tão feio. Deve haver certo pudor nessa atitude, não deve? Ai, ai, que povo sensível! É, meu caro, a maioria só pensa em dinheiro. E há muitos outros exemplos que podem comprovar isso. Qualquer pessoa, sem muito esforço, vai lembrar vários. E não precisa ir muito longe.
 E a falta de honestidade? Será que ela também está com a maioria? “Onde está a honestidade?”, como perguntaram Noel Rosa e Francisco Alves? Não está com a maioria, posso afirmar. Recentemente, assistindo a uma entrevista com os filósofos Mário Sérgio Cortella e Clóvis de Barros Filho, pesquei esta preciosidade: contrariando um ditado, a ocasião, para Cortella, não faz o ladrão. Ela apenas revela “o ladrão”. A “decisão” de ser ladrão, segundo ele, é anterior à ocasião. Concordei plenamente! O que mais encontramos por aí é gente empunhando bandeira (nas redes sociais, empunham com um vigor tremendo) e protestando contra casos e mais casos de corrupção que estão vindo à tona em nosso país. Parênteses: graças a Deus e aos orixás, está havendo punição. Nunca se puniu tanto. Nunca se descobriram tantos casos de corrupção como agora, ainda que alguns políticos (não só políticos) medíocres não queiram enxergar isso. Pois bem, aonde quero chegar? À falta de honestidade de muitos que, veementemente, protestam contra a corrupção, e também são 'pra' lá de desonestos. Que "coisa" esquisita!
Ainda em referência à entrevista com os filósofos Barros e Cortella, este lembrou o que disse Jesus, ao lidar com o cinismo, com o farisaísmo: “Sepulcros fétidos, caiados de branco”. Por que caiados? Para evitar a contaminação, é claro! No entanto, por dentro, os corpos em decomposição. Ou seja, podemos “ler”, nos sepulcros caiados, a questão da aparência. Pois é, muitas pessoas que protestam por aí são sepulcros bem branquinhos. Pura aparência! Bem afirmou outro filósofo, Luiz Felipe Pondé², “que a substância última da moral pública é a hipocrisia”. E todo o mundo sabe disso. Muitos tentam negar a “corrupção de cada dia”, ou seja, os pequenos atos que, assim como tantos outros, são pura corrupção. No entanto, como desculpa, alegam que só é corrupção se o estrago e o dinheiro forem “grandes”. Que ética, “hein”! Em muitos casos, recorrem ao tal “jeitinho”, que nada mais é do que se servir de uma astúcia para, de certa forma, “dar uma pernada” na convivência pensando apenas numa vantagem pessoal. O outro que se dane! Às favas a convivência! Está aí a ética do individualismo exacerbado. Muitos pensam que só existe o próprio umbigo. Não deveria ser assim, não é mesmo? A convivência “deve” ser preservada em detrimento do “pirão individual”. Não falam tanto em solidariedade? Só falam! “Eita” palavrinha bonita! Pois é, os canalhas, os escroques querem vencer sempre. Para tanto, usam quaisquer artimanhas e, depois, vão às ruas protestar contra a corrupção na esfera política. É, meu amigo, só os políticos são corruptos. Só os políticos, e de UM partido “apenas”! Só os políticos desse partido chafurdam na lama, no lamaçal da desonestidade. Os políticos de “meu” partido são honestos, meu vizinho é honesto, meu colega de trabalho é honesto, meus parentes são todos honestos... Ê... mundão!
Bom, saiamos um pouquinho da discussão sobre o que há ou não de corrupto na alma humana. Que tal constatarmos que o mundo é pseudointelectual, fútil e vazio? O mundo não! O mundo é “bão”. Ih, quase todas as pessoas são filósofas! Quer conhecer muitas? Vá ao “facebook”! Quando não escrevem as próprias “batatadas” (lugar-comum é alta literatura perto do que vejo/leio nesse espaço), recorrem a seus “autores preferidos”. Clarice Lispector, uma das mais requintadas escritoras brasileiras e uma das melhores do mundo, virou a “sacerdotisa do óbvio”³ nas tais redes sociais. Atribuem a ela muitas “filosofias” que nem em meu mais terrível pesadelo eu poderia imaginá-la escrevendo. Drummond também está entre os campeões quando o assunto é texto “filosófico”. E a lista não para por aí: deram um descanso ao Veríssimo e ao Affonso Romano de Sant’Anna nos últimos meses, mas, em breve, eles devem voltar com a corda toda.
Pior que autorias equivocadas nas redes sociais é quando apresentadores de TV (dizem que são apresentadores!) resolvem, visando dar um ar de intelectualidade ao programa, ler algum texto de certo “autor desconhecido”. Por que escolhem exatamente o de um “autor desconhecido”? Se o apresentador é um intelectual que nunca leu nem placa de trânsito, onde está o diretor do programa nessa hora? Deve estar no “facebook” publicando fotos do churrasco da família no fim de semana. Muitos apresentadores desses programas chinfrins que estão há anos no ar nunca leram um livro. O pior de tudo é que esses “intelectuais” andam “fazendo muitas cabeças”. O que eles dizem é a mais pura - e nada relativa - Verdade. Que desastre! É muito triste e desalentador constatar o que as pessoas andam vendo, ouvindo e lendo. Indigência total.
No arrastão da pseudointelectualidade, vêm o vazio e a futilidade da maioria das pessoas. Só para ilustrar: há um mês, mais ou menos, numa das ruas em que sempre passo, foi inaugurada uma loja de bijuterias e outros “badulaques”, como cintos, bolsas e não sei mais o quê. Desde a inauguração, a tal loja está sempre apinhada de gente. Por que será? E se fosse uma livraria ou uma loja de CDs originais? Poupo-me do trabalho de dar uma resposta. Aliás, a resposta está dada. E por falar em lojas de CDs e livrarias, lembrei-me de que, em Vitória, há um tempo, havia muitas livrarias e lojas de CDs. Na Nestor Gomes, por exemplo, eram várias as livrarias, tanto que essa rua era chamada de “rua das livrarias”. Eis que, há uns dias, andando a pé por aquela região, pensei em parar nas tais livrarias e dar uma olhada em algumas novidades. Ingenuamente, fiz isso. Juro que ingenuamente. Para tristeza minha, pude verificar, “in loco”, que simplesmente não há mais livrarias ali. Todas, sem exceção, foram fechadas. Noutras cidades, não é diferente: há dias, lendo um jornal, eu soube que uma das mais tradicionais livrarias do Rio está fechando as portas. Muitas outras já fecharam. Dizem que a internet é a grande culpada disso. Só a internet? A culpa maior, para mim, deve ser atribuída à futilidade das pessoas. Ninguém mais lê. Uns até fingem e ‘o’ fazem muito mal: são leitores de orelhas de livros e de pobres resenhas, assim mesmo só de “best-sellers”, mas só quando estes viram filmes. “Cadê” salvação, meu Deus?  Não vejo. Sinceramente, não vejo. Só a futilidade e o vazio reinam.
E as lojas de CDs? Resistiram à pobreza de espírito? Claro que não! No Rio, há uns anos, a “Modern Sound”, que não era só uma loja, mas um espaço cultural extraordinário na Barata Ribeiro, na mítica Copacabana, também não resistiu: fechou suas portas. Lá, assisti a ‘shows’ fantásticos e comprei CDs raríssimos. No “Shopping Vitória”, por exemplo, havia muitas lojas de CDs. Hoje, eles, os CDs, só existem em livrarias e assim mesmo em espaço reduzido em que a falta de qualidade do que é vendido dá a tônica. Para encontrarmos obras-primas, temos de dispensar um bom tempo procurando. Que pena! Foi a internet a culpada? Não só! Mais forte que ela, a internet, volto a frisar, é a futilidade. O que mais vende? O que é ruim. E o que é ruim é “pirateado” aos borbotões. Em qualquer esquina deste país, há camelôs vendendo CDs e DVDs piratas. Confundem economia informal com economia ilegal, como ouvi dia desses. O consolo é que AINDA há alguns oásis por aí: lojas e artistas que, corajosamente, insistem em investir na qualidade. São heróis da resistência. Até quando? Não sei.
          Para fecharmos nossos comentários sobre futilidade, vazio e outras “mumunhas mais”, eis um assunto ao qual sempre volto: o uso do celular. O “zap-zap” está aí, gente, para provar que o mundo é ‘pra’ lá de fútil e de vazio. Ops! O mundo não. O mundo é “bão”. Se vejo dez pessoas pelas ruas, nove estão olhando a telinha e conferindo suas mensagens. O que tanto escrevem? Acho que minha curiosidade jamais morrerá. Sabe em que pensei dias atrás? Em sair pelas ruas segurando um livro aberto. Sair lendo pelas calçadas, atravessar as ruas, abrir o livro quando tiver de conversar com alguém, chegar aos restaurantes lendo... Não fazem isso com o celular? Se eu fizer isso, Deus meu, qual será meu fim? Internação, claro! Sou um louco. Louco de coleira. Internem-me! Não há cura para mim. Este mundo não é meu.
¹ Expressão extraída da canção “O mundo é bão, Sebastião” (Nando Reis).
² PONDÉ, Luiz Felipe. Guia politicamente incorreto da filosofia: ensaio de ironia. São Paulo: Leya, 2013.
³ Expressão empregada pelo cantor/compositor Zeca Baleiro.

“(...) É impossível o homem permanecer humano a essa velocidade; vivendo como autômato, será aniquilado. A serenidade, uma certa lentidão, é tão indissociável da vida do homem quanto a sucessão das estações para as plantas ou para o nascimento dos bebês.
        Estamos a caminho, mas não caminhando, estamos a bordo de um veículo sobre o qual nos movemos sem parar, como uma grande jangada, ou como essas cidades orbitais que dizem que haverá no futuro. Já nada se move a passo de homem. Por acaso algum de nós ainda caminha lentamente? Mas a vertigem da velocidade não está somente fora, nós já a assimilamos à mente que não para de emitir imagens, como se também ela fizesse zapping; e talvez a aceleração tenha chegado ao coração, que já pulsa em ritmo de urgência para que tudo se passe rápido e não permaneça. Este destino comum é a grande oportunidade, mas quem se a atreve a saltar fora? Tampouco sabemos mais rezar, porque perdemos o silêncio e também o grito. [...]
         O medo é um sintoma do nosso tempo. A tal ponto que, raspando um pouco o verniz, é fácil perceber o pânico que subjaz nas pessoas que perseguem as exigências do trabalho nas grandes cidades. A exigência é de tal ordem que se vive automaticamente, sem que os atos sejam precedidos de um sim ou um não. (...)” 

(Ernesto Sabato, “A resistência)






AMANTE DA ALGAZARRA
Não sou eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta estranha criatura que fez de mim seu encosto.
É ela!!!
Todo mundo sabe, sou uma lisa flor de pessoa,
Sem espinho de roseira nem áspera lixa de folha de figueira. 
Esta amante da balbúrdia cavalga encostada ao meu sóbrio ombro
Vixe!!!
Enquanto caminho a pé, pedestre — peregrino atônito até a morte.
Sem motivo nenhum de pranto ou angústia rouca ou desalento:
Não sou eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta estranha criatura que fez de mim seu encosto
E se apossou do estojo de minha figura e dela expeliu o estofo. 
Quem corre desabrida
Sem ceder a concha do ouvido
A ninguém que dela discorde
É esta
Selvagem sombra acavalada que faz versos como quem morde. 
Wally Salomão



“(...) Uma forma de expressar nossa ética consensual é na forma de ‘Novos Dez Mandamentos’. Várias pessoas e instituições já tentaram fazer isso. O significado é que eles tendem a produzir resultados bastante semelhantes entre si, e o que eles produzem é típico dos tempos em que vivem. Veja um conjunto de ‘Novos Dez Mandamentos’ de hoje em dia, em que encontrei por acaso numa página pró-ateísmo na internet (http://www.ebonmusings.org/atheism/new10c.html):
  1.  Não faça aos outros o que não quer que façam com você.
  2.  Em todas as coisas, faça de tudo para não provocar o mal.
  3. Trate os outros seres humanos, as outras criaturas e o mundo em geral com amor, honestidade, fidelidade e respeito.
  4. Não ignore o mal nem evite administrar a justiça, mas sempre esteja disposto a perdoar erros que tenham sido reconhecidos por livre e espontânea vontade e lamentados com honestidade.
  5. Viva a vida com um sentimento de alegria e deslumbramento.
  6. Sempre tente aprender algo de novo.
  7. Ponha todas as coisas à prova; sempre compare suas ideias com os fatos, e esteja disposto a descartar mesmo a crença mais cara se ela não se adequar a eles.
  8. Jamais se autocensure ou fuja da dissidência; sempre respeite o direito dos outros de discordar de você.”
  9. Crie opiniões independentes com base em seu próprio raciocínio e em sua experiência; não se permita ser dirigido pelos outros.
  10. Questione tudo.
           (Fonte: “Deus, um delírio”, Richard Dawkins)




“A modernidade legou-nos, entre tantas coisas, o indivíduo como ser isolado de seu contexto social. Na Antiguidade e na Idade Média, o indivíduo identificava-se com os interesses de sua comunidade. Como nas tribos indígenas, o bem-estar de todos dependia da felicidade de cada um.

 Na modernidade, o indivíduo adquire predominância sobre a sociedade. (...)


 (Fonte: “Gosto de uva: escritos selecionados”, Frei Betto)





  O HOMEM; AS VIAGENS
O homem, bicho da Terra tão pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita miséria e pouca diversão,
faz um foguete, uma cápsula, um módulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: tão igual à Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte - ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em Marte
pisa em Marte
experimenta
coloniza
civiliza
humaniza Marte com engenho e arte.
Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
sofisticado e dócil.
Vamos a Vênus.
O homem põe o pé em Vênus,
vê o visto - é isto?
idem
idem
idem.
O homem funde a cuca se não for a Júpiter
proclamar justiça junto com injustiça
repetir a fossa
repetir o inquieto
repetitório.
Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira Terra-a-terra.
O homem chega ao Sol ou dá uma volta
só para tever?
Não-vê que ele inventa
roupa insiderável de viver no Sol.
Põe o pé e:
mas que chato é o Sol, falso touro
espanhol domado.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
ANDRADE, Carlos Drummond de. As impurezas do branco.







 







14 comentários:

  1. KKKKKKKKKK... Todo mundo engordando e Ro Ro no caminho contrário!!!!
    As pessoas são tudo o que você escreveu... mas... "o mundo é um moinho"... vai triturando tudo sem dó e sem piedade!!!!

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    1. Segundo o mestre Cartola, Fernando, o mundo/moinho tritura, inclusive, os sonhos mesquinhos. Obrigado pela leitura.

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  2. O maior problema da humanidade é a falta de humanidade! Excelente texto, meu amigo!
    Só para ressaltar sobre os "apresentadores", o que mais me deixa pasme é quando eles fazem seus discursos "politizados" a plateia vai à loucura. Claro que orquestrada por um ajudante de palco, mas, mesmo assim, arrepia, a mim arrepio de nojo, porém a outras pessoas que conheço de emoção. E isso só comprova que o dom da palavra foi banalizado, esses "apresentadores" e o "Zap" são vistos e lidos como em outrora lia-se Drummond, Quintana e outros tantos mestres das palavras, mas esse é o mundo que nos resta. Temos que fundar um grupo para fugir dessa banalização que se tornou a vida, podemos analisar poemas, contos e desfrutar de palavras que realmente valem a pena. O que acha? Grande abraço!

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  3. Obrigado, Luiz, pela leitura, pela visita a este 'blog'. Pois é, os tais "apresentadores"... Deus meu! Os "politizados", então, conseguem superar os "filósofos". Outro dia, pensei em uma (muitas!) noite da "vinhosia". Ou seja, vinho e "poesia". Leremos muitos poemas e tomaremos bons vinhos. Topa? Abração, meu amigo.

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  4. Olé amigo Fábio , esse mundo é " bão mermo", esta semana mesmo fui colocada no paredão por uma colega que ixigia que eu tivesse zap zap, pois ela está abandonando o face pois no zap zap, tudo é ao vivo e a cores, ao tentar explicar os motivos pelos quais resisto o watsap , ela não perdeu tempo mando " a letra" tu é pobre mesmo né, assim vai ficar para trás, sozinha, enfim, seu texto com primor habitual diz muito do que gostaria de gritar , sem contar essa história do Banco, já tá virando banalidade para muitos a " tal" da morte. Quanto aos filósofos de facebook , tenho a forte impressão que há uma necessidade interna forte do ser humano falar , já que muitos não têm atitudes honestas que são bonzinhos . Tá enjoando, esse enredo todo. Tenho vontade de compartilhar seus textos para que todos os moradores que vivem n " Facecity" lessem, mas ....eles não leem textos com mais de dois períodos , no máximo, poucos param para ler, enfim seu texto coloca muito bem questões que deveriam ser discutidas mais vezes pois mesmo o mundo sendo " Bão" tem muita gente sem noção. Parabéns pela abordagem do assunto. Pertinente e bem colocada. Bjs!

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    1. Querida Isabel, muito obrigado pela presença neste espaço. Que bom encontrá-la aqui! É, minha amiga, essa história de "zap-zap" está um horror. Engraçado que as pessoas vão logo "exigindo" esse "negócio". Quanta futilidade! Sinto-me muito honrado quando dizem, com outras palavras, que sou um "ogro". Sou mesmo! Sou "primitivo", como bem disse o Manoel de Barros. É ótimo ser assim! Sou LEITOR, sou SENSÍVEL. As pessoas mais inteligentes que conheço não têm essa bobagem de "zap-zap". Sabe por quê? Porque elas têm o que fazer. No texto, sugiro que andemos pelas ruas com um livro aberto. Olhe que beleza! Acho que sou um ET. Estou fora desse mundo de gente fútil e vazia. Sou exceção mesmo! Quero tempo para o silêncio. Quero tempo para a "sozinhez". Quero tempo para a LEITURA. Quero tempo para assistir a FILMES. Quero tempo para sair por aí FOTOGRAFANDO. Quero distância de barulho. Um beijo imenso.

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  5. Muito boas as reflexões, Fábio.
    Beijos, Valéria Bressan

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    1. Querida Valéria, que ótimo receber sua "visita"! Obrigado. Um beijo.

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  6. Obrigado, Luiz. Estaremos juntos. Abração.

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  7. Queridíssimo amigo de afinidades eletivas e/ou intelectivas... principalmente artístico/políticas.Para variar seu texto é um primor de sagacidade, senso de oportunidade histórica, realismo "y otras cositas más" e, melhor: perfeito tanto nos aspectos formais quanto conteudistas.Diria mesmo que é "kooraxiano".Amei e considero, este, seminal.Realmente precisa ser compartilhado com quem ainda tem um mínimo de noção rs.Impressionante como identifico-me com toda a sua criticidade lucidíssima.Se eu tivesse talento para as letras, faria algo um tantinho similar rs.Quanto ao primitivismo, ganho "docê". Nem celular possuo rs. Quanto a usar livro no lugar do caricato e vazio "zapzap", já faço há décadas. Sempre estou com um livro aberto no metrô, nas filas, nos "restôs" (se estou acompanhado, não... sou civilizado-dizem as boas e más línguas rs-).. O mundo é "bão dimais da conta"...quem o estraga são estas asnices "feissibuquianas", os mal resolvidos sexualmente, os políticos e/ou pessoas canalhas/corrptas, enfim, o povo do mal .Infelizmente - sabe-se , academicamente- que a média das pessoas é medíocre.Não é caso de ver para crer: tá na cara.Antes que digam que, também sou medíocre, meus sinceros agradecimento rs (sem escárnio rs). Teria muitos comentários singelos a fazer.Adversativamente meu tempo - que é vida e não dinheiro- está escassíssimo. De coração, parabenizo-o por mais este seu gol de placa. Ele eleva e lava (aliteração proposital rs) as alminhas aflitas com tanta idiotice generalizada (credo!).Beijaços, grande mestre.

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  8. Marcos, meu querido amigo, muito obrigado por mais uma "visita" a este "blog". Vou repetir sempre: é um luxo tê-lo por perto. E quem disse que você não tem "talento para as letras"? Rapaz, só os recados que você deixa aqui ou no "face" 'já' são textos primorosos. Sua capacidade de articulação de ideias e seus argumentos consistentes dão um banho em muita gente por aí. Você é "kooraxiano", seu texto é "kooraxiano", suas ideias são "kooraxianas". Para mim, é um presente e tanto ser seu amigo. Um beijo carinhoso.

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  9. Vou repetir sempre: o valor da crítica está no valor que damos ao crítico.Sou admirador explícito e convicto das suas enormes potencialidades intelectivas, além dos evidentes bom gosto e sensibilidade, luxuosamente amparados por uma inteligência luminosa.Ato contínuo, minha gratidão pela sua generosidade ou gentileza em elogiar minhas modestas e intensas linhas.Não tem preço ter meus recados avaliados como "kooraxianos", justamente por um mestre capacíssimo/"kooraxiano" e, melhor: um queridíssimo amigo.Um motivo a mais para achar o mundo "BÃO DIMAIS DA CONTA, SÔ". Presentaço é ter sua amizade que, não podemos esquecer, aconteceu graças às forças do Astral Superior, intermediadas pela `"kooraxianíssima ITHAmáxima" rs".Abraço apertado e beijo estalado.

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  10. Querido Marcos, muito, muito obrigado. As amizades sinceras é que tornam o mundo "bão". Obrigado, amigo "kooraxiano". Um beijo carinhoso.

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