domingo, 6 de dezembro de 2015

“DOBRA-SE UMA DAS PÁGINAS MAIS NOBRES DA DRAMATURGIA NACIONAL”








“DOBRA-SE UMA DAS PÁGINAS MAIS NOBRES DA DRAMATURGIA NACIONAL”

Por Fábio Brito

Foi Lima Duarte quem disse o que está no título aí de cima, quando, emocionado e ao telefone, comentou a “despedida” (prefiro assim) da grande atriz Marília Pêra. Com a partida dessa diva, dobra-se uma das páginas mais nobres da dramaturgia nacional. Concordo com você, Lima Duarte. Ou melhor, o Brasil e o mundo concordam com você. Assim como ocorre com Fernanda Montenegro, não há quem não veja em Marília uma das maiores atrizes do mundo.
“Encontrei” essa diva em 1982, quando, depois de alguns anos afastada da telinha, ela retornou à TV na minissérie “Quem ama não mata”, escrita por Euclydes Marinho. Desnecessário dizer que ela simplesmente arrasou com sua interpretação (Cláudio Marzo também brilhou muito) “pra” lá de realista. A força dramática da atriz era tanta, que eu não desgrudava os olhos da TV em todas as cenas de que ela participava. Magnetismo mesmo. O tema da minissérie, “pra” lá de polêmico, era o crime passional. “Taí” uma oportunidade e tanto para uma grande atriz – atriz de verdade! – mostrar seu excepcional talento.
Entretanto, o talento de Marília não mostra toda sua força apenas no drama. Ela “ultrapassou a rotulação de gênero”, como disse o crítico Macksen Luiz. Em 1987, treze anos depois de atuar em “Supermanoela”, a diva dos palcos volta às novelas, agora para estrelar “Brega & Chique”, de Cassiano Gabus Mendes, que teria escrito a personagem especialmente para a atriz. Sua Rafaela rendeu cenas extraordinárias, que, até hoje, são lembradas com um prazer sempre renovado. Com um humor refinado e inteligente, ela compôs a personagem como poucas atrizes conseguiriam fazê-lo. Lidar com humor é complicado, como dizem. Às vezes, determinado ator é até bom, mas, se passar do ponto, mesmo que ligeiramente, fica canastrão. Fica “over”, excede e não mais encontra o tom exato. Para usar um “lugar comum”, Marília Pêra, nessa novela, roubou a cena. Havia duas protagonistas, mas ela, uma das duas, desde o primeiro capítulo, atraiu todas as atenções.  
  No ano seguinte, 1988, eis que chega à TV a minissérie “O Primo Basílio”, uma excelente adaptação de Gilberto Braga e Leonor Bassères para a obra homônima do escritor português Eça de Queirós. Para o papel de Juliana, a empregada de Luísa e Jorge, convidaram Marília. Ainda em VHS, gravei a minissérie e pude, alguns anos depois, mostrar cenas dessa trama a meus alunos de Literatura Portuguesa, que ficaram fascinados com tudo, em especial com a atuação da grande atriz. Hoje, tanto tempo depois, ainda lembro muitos detalhes, falas inteiras (sem recorrer aos DVDs ou às fitas). Lembro, por exemplo, a cena em que Juliana surpreende a patroa quando esta tenta recuperar as cartas – o motivo da chantagem – na “enxovia” em que Juliana dormia; lembro o embate entre patroa e empregada no momento em que Juliana revela que tem as cartas, que nem todas foram para o lixo; lembro ainda a belíssima cena da morte de Juliana: até hoje, os gritos lancinantes de dor ainda ecoam em minha lembrança. Eis aí a entrega total de uma atriz.  Tempos depois da minissérie, li novamente a obra de Queirós. A Juliana que veio à minha lembrança foi a própria Marília Pêra, que, com a minissérie, encarnou-a. Não faz muito tempo, chegou aos cinemas uma adaptação de “O Primo Basílio”. Confesso que até tentei ver. Não deu! Quando vi a primeira cena com a “nova” Juliana, comparei-a, no mesmo instante, com a “da” Marília. Não dá! É covardia!, eu disse. E a atriz do filme era Glória Pires, que é talentosa. No entanto, a Juliana é “da” Marília, pertence a ela. Maria Monforte, que ela viveu na adaptação de “Os Maias” (2001), também tem uma força extraordinária.
Marília também atuou no cinema. Atuou pouco, mas, quando o fez, foi para eternizar suas personagens. O exemplo mais lembrado é “Pixote, a lei do mais fraco”, dirigido por Hector Babenco, em que ela viveu a prostitua Sueli. Por esse trabalho, Marília recebeu, entre outros, o prêmio de melhor atriz da Associação dos Críticos de Cinema dos EUA. Ou seja, o prêmio representou sua consagração internacional. O filme é impecável. A cena em que Sueli amamenta o “pixote”, por exemplo, deve ser vista inúmeras vezes, tamanha a realidade. A prostituta é a própria “mãe” do pixote. Comoventes a cena e a interpretação de nossa diva. Marília era completa, perfeita. Como disse Patrícia Kogut, a expressão “artista completa”, em se tratando de Marília Pêra, pode ser usada sem medo de errar. Ela era atriz, cantora, dançarina, produtora, diretora. Produziu, por exemplo, “A vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato” e dirigiu “O mistério de Irma Vap”, com Nanini e Latorraca, que ficou onze anos em cartaz.
Porque sempre foi excelente cantora, Marília brilhou em musicais que figuram entre os melhores já produzidos no Brasil. Um, em especial, guardo com muito carinho: Elas por Ela, de 1989, exibido pela TV e registrado em um álbum duplo (LP). Trata-se de uma homenagem a muitas cantoras brasileiras: de Araci Cortes a Elis Regina. Vale dizer que, como se guarda um troféu, guardo o álbum desse espetáculo. Minimalista, Marília realça nessa obra detalhes de cada uma das vozes que ela homenageia. Foi um estudo primoroso, detalhista. O cuidado é tanto que, mesmo que as pessoas não conheçam o repertório das divas homenageadas, ouvindo Marília conseguem, imediatamente, identificar as cantoras, tamanha é a acuidade de Marília ao observar detalhes que, aos pobres mortais, passariam despercebidos. Genialidade absoluta. O ator Renato Borghi, que atuou com ela em “A Estrela Dalva” (ele interpretou Herivelto Martins e, junto com João Elisio Fonseca, escreveu o texto) disse que, quando Marília chegou para viver sua personagem, ela já sabia todo o texto da peça, inclusive as canções. Olhe aí o cuidado da estrela, a preocupação com os detalhes, com a disciplina.
E por falar em cuidado e em disciplina, é sabido que nossa diva tinha fama de exigente, disciplinada e rigorosa. Ela jamais reduziu “a seriedade em relação a seu ofício”, como afirmou Nélida Piñon. Até mesmo em um simples episódio que, para muitos, pode parecer apenas um “jogo de ego” (e é um pouco, como ela mesma afirmou), Marília foi rigorosa. Em “Damas na TV”, ela disse que havia sido convidada para “estrelar uma novela” (no caso, “Brega & Chique”). Antes da estreia, disseram que o nome de outra atriz, na abertura, precisava sair “na frente” do seu. Marília, então, propôs ao diretor que “recombinassem”, uma vez que, antes, ele não havia combinado isso com ela. Resolveu-se o problema: como afirmou a própria Marília, parece que, “a cada semana, saía o nome de uma na frente”. Nossa diva afirmou que isso, para ela, era “ponto de honra”. Se se tem toda uma história e um nome construídos, há que se lutar por eles. É isso aí, Marília! Louvável sua firmeza.
Marília pertence a uma estirpe que, infelizmente, parece não se renovar mais: a dos “atores de verdade”. Ela mesma, em entrevista a um programa de TV, disse que, hoje, o ator tem de ser disciplinado para não criar nada. Nem se decora mais, uma vez que as falas são repetidas inúmeras vezes. De uns anos para cá, tenho deparado – não sem espanto – com rostinhos e mais rostinhos bonitos que se intitulam “atores e modelos”. A TV, principalmente, está abarrotada dessas figuras, que, não nos espantemos, também já chegaram ao teatro. Quando, em alguma novela, vejo um “ator de verdade”, comemoro: “oba”! Sinto falta, entre os chamados novos atores, de “atores de verdade”. Não faz muito tempo, perdemos Cleyde Yáconis, Yoná Magalhães e, agora, Marília Pêra. Quem fará a cobertura? Voltando ao que disse Nélida Piñon no dia em que Marília se despediu, o maior legado que ela deixa a este país é sua biografia.  A grandeza que Marília oferece ao Brasil é sua biografia, é sua história, é seu trabalho irretocável e inesquecível. Para que, daqui a algumas décadas, ainda tenhamos atores “de verdade”, é preciso que o exemplo de Marília seja seguido... e já. 


“(...) Mas eu denuncio. Denuncio nossa fraqueza, denuncio o horror alucinante de morrer – e respondo a toda essa infâmia com – exatamente isto que vai agora ficar escrito – e respondo a toda essa infâmia com a alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma alegria atonal dentro do it essencial. Não faz sentido? Pois tem que fazer. Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas – porque é cruel demais, então respondo com a pureza de uma alegria indomável. Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade. Eu estou – apesar de tudo oh apesar de tudo – estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser vencida: então eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria: mesmo o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E a minha própria morte e a dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é isto: a alegria do it. E conformar-me não como vencida mas num allegro com brio.
Aliás não quero morrer. Recuso-me contra ‘Deus’. Vamos não morrer como desafio?
Não vou morrer, ouviu, Deus? Não tenho coragem, ouviu? Não me mate, ouviu? Porque é uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde. (...)”

Lispector, Clarice. Água viva

A CARA DO ESPELHO
Guto Graça Mello – Nelson Motta

Às vezes pergunto pra cara do espelho
Que olhos são esses que sonhos não mostram
Que medos disfarçam
Que dores escondem
Nenhuma resposta
Só novas perguntas

Que um dia eu me veja na cara de espelho
Do jeito que eu sou
Não da forma que penso
Que quero que seja
E nunca esconda de mim
A procura de um mais que perfeito
Quisera, quisera,
Quisera, quisera,
Quisera saber
Se deuses e santos
São loucos que pensam
Ser loucos e santos
E olhos do espelho
Refletem su luz

Que um dia eu me veja na cara do espelho
Coberta de trapos, de medos, de cores
De falsos amores, morrendo, nascendo
No mais que presente, vivendo, vivendo

Quisera, quisera,
Quisera, quisera
Quisera saber
Se deuses e santos
São loucos que pensam
Ser loucos e santos
E os olhos do espelho
Refletem su luz

Do espetáculo “Feiticeira”, que Marília Pêra estrelou em 1975.



TÊMPERA
Gonzaguinha

Têmpera
As deusas têm é têmpera
Pura energia e têmpera
Pura magia e têmpera
Temperatura e paixão
É que as mulheres sempre estão
É que as mulheres sempre dão
É que as mulheres sempre são
Sempre serão
A chave de seu tempo
O charme de uma etapa
O tapa na acomodação
O vírus da alegria
O amor
E o nó da solidão
O brilho e a explosão da estrela
Alimentando os corações
Temperar!
Têmpera
Mulheres têm é têmpera
Toda energia e têmpera
Toda magia e têmpera
Têmpera


MORRER DE AMOR
Oscar Castro Neves – Luvercy Fiorini

Andei sozinha,
Cheia de mágoas,
Pelas estradas
De caminhos sem fim.
Tão sem ninguém
Que pensei até
Em morrer, em morrer.


TEXTO DE ANDRÉ VALLE

Eu sempre pensei no teatro como sendo um grande e mágico parque de diversões. Cheio de truques, de sensações novas e surpreendentes. Pode parecer uma definição ingênua, pouco profunda, mas é a partir daí que acontece o meu trabalho. (...)

Do espetáculo “Elas por Ela”, que Marília Pêra estrelou em 1989.

8 comentários:

  1. A grande atriz encerra sua história... quem perde? Nós que vemos a cada dia a TV não valer a pena! Mais uma vez um grande texto! Um abraço, Fábio.

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    1. Obrigado, amigo Luiz Fernando, pela visita a este "blog". Ainda estou sem saber o que dizer acerca dessa partida tão repentina da grande Marília Pêra. Que atriz! Pois é, moço, na TV que está aí, quase não há mais ATORES. Há muitos atores excelentes que foram "jogados para escanteio". Quando recebem algum convite, é para uma participação especial. As grandes estrelas (que estrelas, meu Deus!), hoje, são as carinhas bonitinhas. Façamos o quê? Socorro!

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  2. Surpreso pela notícia!!! Aliás, como sempre, esses tipos de notícias é você quem as dá para mim!!! A "Velha Senhora" como diz a filósofa D. Dylla... levou mais uma das grandes!!!

    Podia ter levado uma dessas sem expressividade!!!! (Será que é um comentário maldoso ou inapropriado?)

    Bom, seja como for f...-se!!! Já fiz mesmo!!!

    Lindo texto!!!

    Tem um site que vou te repassar... vai poder fazer um apanhado dos seus textos...

    Bjos!!!

    Precisamos ir ao Rio ver nossa amiga (IK)!!!

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    1. É, Fernando, mais uma grande dama sai de cena. Obrigado pela visita. Passe-me, depois, o "site". Beijos, beijos.

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  3. Você entendeu, com brilhantismo e irretocabilidade (para variar), a dimensão da perda para o Brasil com a saída de cena da "kooraxiana" atriz, para entrar imortal na história da cultura nacional.

    Dona de um talento extraordinário e extremamente musical - afinado e burilado com anos de estudo de piano clássico e de canto lírico - Marília certa vez disse em entrevista que veio ao mundo para vingar os pais, pois eles nunca tiveram o reconhecimento devido. Missão cumprida!

    Gênio forte, era mulher de opinião. Inflexível até, acusavam alguns. Em entrevistas, ela se defendia da pecha de durona. Diretora e produtora de teatro, dizia brigar por qualidade, ética e respeito – valores herdados da família, formada por muitos atores que deram duro para sobreviver. Gente pobre, distinta e batalhadora que ensaiava o dia todo para se apresentar à noite.

    Em 1968, em plena ditadura, ficou famoso o caso em que ela apanhou dos integrantes do Comando de Caça aos Comunistas. A jovem atriz era parte do elenco de Roda Vida, escrita por Chico Buarque e dirigida por José Celso Martinez Corrêa.Tida como comunista - por obra e graça da burrice dos milicos, dos ditadores -, foi presa ao todo três vezes. Comunista não era. Tanto assim que em 1989, ao fim dos vergonhosos anos de chumbo, pediu votos para Fernando Collor de Melo, na tevê.

    Mais famosa ficou a declaração por ter votado em Collor porque não entendia nada de política. "Sou muito ingênua", disse. Mais recentemente, ao comentar a crise enfrentada pelo governo petista, lamentou o sacrifício imposto ao povo pelos políticos, dizendo-se aliviada: "Não fui só eu que errei, todo mundo erra.Achei que o Collor poderia mudar o País, eu e 35 milhões de brasileiros. Mas ele tinha de ter aberto o campo para a cultura brasileira. Um estadista teria feito isso. Ali ele me ceifou. Não me arrependi de ter votado nele, mas esse foi um desapontamento grande. No entanto, não vejo que o Brasil esteja caminhando tão maravilhosamente depois do impeachment do Collor."

    Fã de Sandy, Zezé di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó – artistas rejeitados pela elite intelectual ("et pour moi, aussi rs")–, Marília dirigiu shows de Wanessa Camargo e da dupla Cristian & Ralph. Gostou do filme 2 filhos de Francisco e brincava com o amigo cineasta Miguel Faria Jr.: queria que ele filmasse "2 filhas de Pêra", estrelado por ela e a irmã, Sandra, também diretora e atriz. Dizia que sua família passou tanto aperto quanto a dos sertanejos Zezé e Luciano.

    Da mãe herdou o chamado sangue quente, que levou muitos colegas do meio artístico a caracterizar como gênio ruim. "Tenho uma intolerância, uma ansiedade que venho domando depois que comecei a ler livros indianos sobre a medicina ayurvédica."

    Quanto aos seus trabalhos na telinha não posso opinar, pois há mais de três décadas estou afastado da "telê" (jamais dela gostei, nem quando criança ou jovem), assim como não possuo celular (sou ET , com muito prazer rs). No teatro vi-a em inúmeras peças e musicais e só não aprecei-a como Carmem Miranda, pois exagerou ou debochou da "Pequena Notável" , que era um talento flamejante e único, e de quem sou fã adicto.

    Sempre Marília ficou gélida dos pés à cabeça antes de entrar em cena. "No palco eu estou sempre entre o gozo e a morte. O fato de ficar gelada não me paralisa, não, mas alguma coisa incorpora e eu tenho medo."

    A artista estava trabalhando num projeto de um CD, que seria lançado pela Biscoito Fino. No repertório, canções de Tom Jobim, Johnny Alf, Dolores Duran e de Kurt Weill.


    "Incorporei muitas vidas, muitos jeitos que não eram meus, afirmei coisas que não eram verdades minhas, disse mentiras que não eram as minhas mentiras. Acredito e espero que tenha pego desses personagens o melhor e que venha tentando jogar fora o pior de cada um deles", pontuou Marília sobre a amálgama de seres entronizados na sua personalidade.
    Siga em paz...estrela para a eternidade.

    Santé , axé e beijos

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    1. Amigo Marcos, muito obrigado. Seus "pitacos" são sempre excelentes. Gosto muito de suas afirmações categóricas. Sobre nossa diva Marília: também tenho ressalvas quanto a alguns trabalhos. Não gostei, por exemplo, do tom de D. Sarah Kubitschek (na minissérie JK), tanto que vi poucos capítulos. No entanto, a maioria dos trabalhos que ela fez deixou-me em êxtase. Pois é, volto a afirmar: é sempre um luxo e um prazer "recebê-lo" neste "blog", amigo. Um beijo imenso.

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  4. "Mon cher ami"...gratidão imensa pela sua evidente generosidade (coisa de quem pode e dá conta do recado rs).Quanto a ser categórico é porque entendo, sinto e observo que a vida, no que concerne ao que podemos dela "entender", é, de fato, um imperativo categórico, embora, quase sempre, seja um mistério insondável, mesmo. A monumental ou fenomenal Clarice -você citou um dos textos dela que mais coloca-me em estado de emergência e calamidade pública rs- foi categórica ao afirmar: " não tente entender...viver ultrapassa qualquer entendimento".Bingo! O mais difícil, entretanto é ser categórico, com categoria rs.
    Beijaços, admirado mestre.

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    1. Querido Marcos, a vida é esse "mistério insondável" mesmo. Quando à sua escrita, posso afirmar o seguinte: você não escreve "com a ponta dos dedos", meu amigo. Sabe o que faz. É verdadeiro. Beijos, beijos.

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