terça-feira, 15 de janeiro de 2013

LICENCINHA, POR FAVOR!



DELICADEZA
Joyce

Discreta em companhia de gente esquisita
Maldita em ambiente de gente normal
Plantando coisas belas num circo de horrores
Com flores e bombons no juízo final
Pintando aquarelas em terra de cego
Com pregos, paus e pedras e más intenções
Se por delicadeza, eu oculto o meu ego
Me nego a ser princesa num reino de anões

Bordando sutilezas e finas malícias
Delícias num país que não tem paladar
O coração partido de tanta falácia
Que passa e a gente nem pode se desviar
Sonhando ainda um tempo menos suicida
que diga pra que veio e que possa provar
Se por delicadeza eu perder minha vida
Saí mesmo à francesa, queira desculpar

Fonte: CD "Ilha Brasil", Joyce, EMI-838215 2, 1996.


LICENCINHA, POR FAVOR!
Por Fábio Brito


Muitos textos alimentam-se dos “cisquinhos” do dia a dia, da “poeira do cotidiano”, para usar uma expressão da escritora Adélia Prado. Este não é diferente. Vamos ao “cisco” que lhe deu origem e aos que o sustentam, que lhe dão corpo.
Há uns dias, ao chegar à garagem onde estaciono meu carro, deparei com um “motoqueiro” (tinha de ser!) que, no exato momento em que cheguei, abria o portão, que é “de correr”. Parei, mais ou menos, a um metro da ‘moto’, mas deixei o carro ligado. Ele e eu chegamos ao local praticamente ao mesmo tempo. Porque eu estava tão perto, houve tempo de ele, o 'motoqueiro', que ainda abria o portão, olhar para trás e constatar que eu também precisava entrar. Pois bem, esperei que ele abrisse completamente o tal portão, a fim de que também desse para o carro passar. Pensei, claro!, que o rapaz seria gentil. Enganei-me redondamente! Ele abriu, sim, o bendito portão, mas apenas sua ‘moto’ pôde passar. Ou seja, a abertura foi mínima. Poxa! Fiquei perplexo. Assim que ele desceu a pequena rampa da garagem, saí do carro e terminei de abrir... o portão. Antes, porém, tive tempo de, durante uns segundos, pensar na indelicadeza desse moço, quase um menino. Será que seria tão difícil para ele ter sido gentil comigo? Assim, eu não precisaria descer do carro. Nada disso! Ajudar o outro, que é sempre visto como inimigo e ameaça, é impossível para muitas pessoas.
Outro “cisco” chegou a mim por meio de um caixa de banco. Que história! Deixemos claro que, neste caso, a indelicadeza está nas palavras, na maneira com que o trabalhador dirigiu-se ao caixa. Em relação à atitude, ao comportamento, o que houve foi desonestidade mesmo... e das grossas! Vamos aos fatos! Um senhor dirigiu-se ao banco porque tinha de receber quatro contas de Fundo de Garantia. Quando chegou ao guichê, ele soube que apenas três estariam liberadas naquele dia (uma seria liberada dias depois). Pois bem, o trabalhador pediu à atendente que somasse o valor das quatro contas, só para ele ter uma noção do montante. Ela, sem demora, passou-lhe a soma (das quatro!), mas deixou claro que, naquele dia, só estariam liberadas três. Um tanque de brigadeiros para quem adivinhar o desfecho da história! No momento de pagar ao senhor, a atendente autenticou o valor referente às três contas disponíveis naquele dia, mas entregou o dinheiro referente às quatro contas. Resultado: falta de caixa ao fim do fatídico dia. Porque a memória ainda está ‘boazinha’, ela encontrou uma maneira de localizar o trabalhador: por meio dos dados da empresa, conseguiu o telefone do sujeito. Ao ligar para ele e explicar, com detalhes, a história, ficou estupefata com a resposta: - “Problema seu! Ninguém mandou ser desatenta!” E o tal senhor deixou claro que não devolveria o dinheiro. Porque o valor não era muito alto, esse mesmo trabalhador, dias depois, foi ao caixa rápido e conseguiu sacar a tal conta, que ele, antecipadamente, já havia recebido. Se ele fosse honesto, o que teria feito? Devolvido o dinheiro à pessoa que o atendeu. Sabe o que eu disse à pessoa – o caixa – que me contou essa história, caso ela tivesse ocorrido comigo? Eu diria o seguinte ao desonesto: “- O senhor não vai devolver? Tudo bem! No entanto, registre aí o seguinte: esse dinheiro ainda há de fazer-lhe muito mal”. Seria excelente se ele entendesse isso como... Melhor não dizer a palavra, não é mesmo? Ao telefone, eu teria dito essa tal palavra. Mais: diria que “ela” (a tal “coisa” a ser ‘rogada’) o acompanharia durante muito tempo. Durante, talvez, toda a vida. Cruzes!
Pois é, esse moço deve ser mais um dos muitos brasileiros que não se conformam com os políticos desonestos que temos aos borbotões por aí e que não se cansam de falcatruas e mais falcatruas. E não pode conformar-se mesmo! Indignar-se é preciso. No entanto, ele também deveria primar pela honestidade. Para muitas pessoas, infelizmente, é facílimo berrar contra a desonestidade alheia, principalmente quando ela ocorre na esfera política, que tem muita visibilidade. Entretanto, quando a primeira chance de desonestidade bate à porta dessas pessoas, elas não a descartam. Que pena! Pena mesmo!
Outro “cisco” bem comum é este: determinado jeito de falar pode magoar algumas pessoas. As mais sensíveis, é óbvio! Muitas vezes, falta delicadeza no tom de voz, no jeito de dirigir-se a alguém. Outro dia, assistindo à entrevista da atriz Marília Pêra ao programa Starte, constatei que também já chorei por causa de grosseria de algumas pessoas. Ela contou que, certa vez, o recepcionista de um hotel tratou-a com certa indelicadeza (ou rispidez) quando ela quis saber algo sobre a chave do apartamento.  Por causa do tom de voz do rapaz, ela começou a chorar. Fiquei pensando no seguinte: justo a Marília, que é tão forte quando atua ou dirige e é admirada por seu rigor, acabou chorando por causa de uma atitude, que, aos olhos de muitos, passaria despercebida. Também já me magoaram assim. Claro que há dias em que estamos mais vulneráveis, mais suscetíveis a isso. Parece que, nesses dias, a sensibilidade, como dizem, está mesmo “à flor da pele”. Assim, até um olhar meio atravessado pode magoar, maltratar e ofender. Sigamos!
Não responder a “e-mails” é outra indelicadeza que grassa por aí. Se não houve tempo, melhor é ser sincero: “– Por pura falta de tempo, não consegui abrir minha caixa postal”, é o que digo, vez ou outra, para algumas pessoas. E é mesmo! Em muitos casos, esperam que estejamos o tempo todo conectados. Impossível! Ou melhor: é possível para muitos, ‘né’? Há pessoas que “não trabalham”, principalmente quando deveriam estar trabalhando e, exatamente por isso, podem viver conectadas 24 horas. Pertenço a outra “espécie”, talvez rara: a das pessoas que também encontram tempo para ler, para conversar, para ouvir música (fora do computador), para assistir a algum programa interessante de TV, porque a vida – a vida verdadeira, como dizem – não se resume à INTERNET.
           Ih! Parece que a lista de indelicadezas não tem fim. Quem tiver paciência, segure firme e forre o estômago! Vamos a mais algumas, comov as que ocorrem em "supermercado", um capítulo a que sempre temos de assistir. Se vale a pena ver/ler de novo, não sei. Mesmo assim, vamos lá! Constantemente, tenho de ficar tirando do meio do corredor vários carrinhos de pessoas que pensam estar sozinhas naquele ambiente. Deus meu! Muitos deixam o bendito carrinho exatamente no meio do tal corredor, esteja ou não lotado o supermercado. Falta de delicadeza total. Não pensam no outro essas pessoas. Se o espaço entre as gôndolas é estreito, o ideal é aproximar o bendito carrinho das prateleiras, a fim de que ele não fique abandonado no meio da ‘pista’. Ai, como isso azeda a mandioca!
           Outro primor de indelicadeza que acabo de lembrar é clássico: alguém localiza uma vaga em horário e estacionamento bem concorridos. Durante a manobra – ou até antes - eis que surge um engraçadinho e, com a maior desfaçatez, passa à frente e estaciona nessa vaga. A vontade que dá é de sair do carro e dar um tiro no infeliz. Esse desrespeito é de encolerizar qualquer cristão. Ser bom caráter não arranca pedaço, gente!  
 Mais pérolas de indelicadeza vêm vindo à minha mente! Desde tempos imemoriais que, ao ouvir a palavra “fila”, muita gente tem engulhos e calafrios. Também detesto-a! No entanto, respeito-a. Como as pessoas têm resistência a filas! Tudo bem que, em muitos casos, o tempo de espera é tenebroso, mas isso não é motivo para o desrespeito. Se for o caso, reclame, proteste e fique indignado mesmo, mas não “fure” fila e não desrespeite o atendente, que não tem culpa se a empresa não contratou mais funcionários, caso seja esse o motivo de longa espera. É agressivo, é grosseiro, é desrespeitoso ao extremo ignorar a fila.  Preciso dizer mais?
A fonte de indelicadezas parece não secar. Uma atitude bem simples, mas muito desrespeitosa, pode ser vista pelas calçadas de qualquer cidade em dias chuvosos, principalmente. O mau uso de guarda-chuvas e sombrinhas é constrangedor. Se, pelas calçadas, alguém tentar andar sem esse acessório, deverá rezar para não ficar cego. É... corre-se esse risco, exatamente porque as pessoas não têm a delicadeza de levantar – ou fechar - a bendita sombrinha ou o bendito guarda-chuva quando estão sob as marquises. Quem quiser escapar da “furada” no olho deve andar pelo meio da rua. É o jeito.  Ah, e reze para não ser atropelado por um carro um por um motoqueiro ensandecido. Ops! “Motoqueiro ensandecido” é pleonasmo.  
Ih, eu nem queria comentar, mas, uma vez que toquei no assunto “motoqueiros”, é inevitável: quer celeiro melhor para indelicadezas do que o trânsito? Ê lugar para o reinado soberano da falta de educação, de delicadeza, de respeito... de tudo! Praticamente todas as situações envolvendo trânsito propiciam indelicadezas. Um exemplo bem simples é a tal da “preferência’”. Neguinho não quer nem saber disso. “Farinha pouca, meu pirão primeiro”, como diz o ditado. Os demais que se danem, não é mesmo? E a história não termina: já ouvi pessoas dizerem que não respeitam a preferência “porque ninguém respeita”. Se elas tentarem respeitar, vão esperar a vida inteira até que chegue sua vez. Ou seja, está instituído o “sanatório geral”.   
E por falar em carro, em situações ligadas ao trânsito, seria bom fechar com um exemplo de matar. Certa vez, da janela de meu apartamento, ouvi um vizinho dizer à sua esposa que eles precisavam vender o carro. Até aí tudo bem. Tudo bem nada! O comentário que veio em seguida mostrou claramente o mau-caratismo do carinha: ele precisava, em verdade, passar o carro adiante, ou seja, jogar a bomba em outro colo, porque, daí a uns dias, o tal carro “bateria o motor”, como ele fez questão de frisar. O sacana só não sabia que eu estava escutando a conversa. Até hoje, olho-o com desdém e penso em nunca precisar desse cara, desse pulha, desse escroque. Não é peso algum ser delicado. Penso assim... e devo ter poucos pares neste mundo.  


"(...) João Gilberto ficaria internado, aos cuidados de um respeitado médico baiano, o prof. Nelson Pires, chefe da cadeira de Psiquiatria da Universidade Federal da Bahia, e de sua equipe.
Não chegou a ser exatamente uma internação, (...). João Gilberto ficou no ambulatório, sendo submetido a uma bateria de entrevistas com as psicólogas, as quais confundiu com a sua argumentação ferina e sibilina. Como no dia em que, olhando com ar perdido pela janela, comentou com uma delas:
'Olha o vento descabelando as árvores...'
'Mas árvores não têm cabelo, João', ela cometeu o erro de dizer.
'E há pessoas que não têm poesia', ele fulminou, cortante. (...)"

Fonte: CASTRO, Ruy. Chega de Saudade: a história e as histórias da Bossa Nova. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.



DESENHO
Cecília Meireles

Fui morena e magrinha como qualquer polinésia,
e comia mamão, e mirava a flor da goiaba.
E as lagartixas me espiavam, entre os tijolos e as trepadeiras,
e as teias de aranha nas minhas árvores se entrelaçavam.

Isso era um lugar de sol e nuvens brancas,
onde as rolas, à tarde, soluçavam mui saudosas...
O eco, burlão, de pedra em pedra ia saltando,
entre vastas mangueiras que choviam ruivas horas.

Os pavões caminhavam tão naturais por meu caminho,
e os pombos tão felizes se alimentavam pelas escadas,
que era desnecessário crescer, pensar, escrever poemas,
pois a vida completa e bela e terna ali já estava.

Como a chuva caía das grossas nuvens, perfumosas!
E o papagaio como ficava sonolento!
O relógio era festa de ouro; e os gatos enigmáticos
fechavam os olhos, quando queriam caçar o tempo.

Vinham morcegos, à noite, picar os sapotis maduros,
e os grandes cães ladravam como nas noites do Império.
Mariposas, jasmins, tinhorões, vaga-lumes
moravam nos jardins sussurrantes e eternos.

E minha avó cantava e cosia. Cantava
canções de mar e de arvoredo, em língua antiga.
E eu sempre acreditei que havia música em seus dedos
e palavras de amor em minha roupa escritas.

Minha vida começa num vergel colorido,
por onde as noites eram só de luar e estrelas.
Levai-me aonde quiserdes! - aprendi com as primaveras
a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira.

Fonte: MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro: Record, 1983.

OLHA
Milton Nascimento  

Tu clamas por liberdade
Mas só aquela que te convém
Tu puxas a arma no escuro
E não suportas ninguém feliz
Persegues a quem trabalha
Calúnia, carta e traição
Te julgas o mais esperto
Mas és mentira, só ilusão

Depois de passar o tempo
Colhe o deserto que é todo teu
Com todo teu preconceito
Segue pensando que enganas Deus
E enganando a ti mesmo
Pois quem trabalha continuou
Em cada sonho suado
Que nem percebes o que custou

Fonte: CD "Anima", Milton Nascimento, PolyGram, 1997 (LP 1982).


"Se por acaso um dia você for embora, leve o menino que você é."
Meu menino, Danilo Caymmi e Ana Terra

"E o menino com o brilho do sol
Na menina dos olhos sorri
E estende a mão"
De volta ao começo, Luiz Gonzaga Jr.

"Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor"
A flor e o espinho, Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito e Alcides Caminha

"Não sei fazer poema ou canção
que fale de outra coisa que não seja o amor."
Você abusou, Antonio Carlos e Jocafi.

"Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde"
Trocando em miúdos, Francis Hime e Chico Buarque de Hollanda

"Como eu não sei rezar
Só queria mostrar / Meu olhar, meu olhar, meu olhar..."
Romaria, Renato Teixeira

"Eu tenho medo de abrir a porta
que dá pro sertão da minha solidão"
Pequeno mapa do tempo, Belchior

"Perto de você a noite é uma canção
e o vento tem palavras"
O tempo e a canção, Renato Teixeira

"E me beija com calma e fundo
até minh'alma se sentir beijada"
O meu amor, Chico Buarque de Hollanda


NO TEMPO DOS QUINTAIS
Sivuca e Paulinho Tapajós

Era uma vez
um tempo de pardais
de verde nos quintais
faz muito tempo atrás
quando ainda havia fadas

no bonde havia um anjo pra guiar
outro pra dar lugar
pra quem chegar sentar
de duvidar, de admirar

havia frutos num pomar qualquer
de se tirar do pé
no  tempo em que os casais
podiam mais se namorar
nos lampiões de gás
sem os ladrões atrás
tempo em que o medo 
se chamou jamais

veio um marquês
de uma terra já perdida
e era uma vez
se fez dono da vida
mandou buscar
cem dúzias de avenidas
pra expulsar de vez as margaridas
por não ter filhos
talvez por nem gostar
ou talvez por mania de mandar

só sei que enquanto houver os corações
nem mesmo mil ladrões
podem roubar canções
e deixa estar, que há de voltar
o tempo dos pardais
do verde nos quintais
tempo em que o medo 
se chamou jamais 

Fonte: CD "Aguapé", Simone Guimarães, CID 03004/5, 1996.


"O que não sei fazer desmancho em frases."

"Perder o nada é um empobrecimento."

"Tem mais presença em mim o que me falta."

"Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja."

"Não gosto de palavra acostumada."

"Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria."

"Todas as coisas apropriadas ao abandono me religam a Deus.
Senhor, eu tenho orgulho do imprestável!
(O abandono me protege.)"

Fonte: BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1997.


13 comentários:

  1. Amigo Fábio,
    Como sempre escreve com maestria.
    Com relação ao conteúdo eu confesso que já virou meu jargão dizer "É a bendita educação".

    Educação de escola. (de moral e civismo)
    Educação familiar. (de qualquer tipo)
    Educação religiosa. (qualquer uma)

    Parece que em nossa sociedade... desde que o militarismo (tão combatido pelos erros - que são muitos) acabou... acabaram-se também os compromissos de moral, civismo, patriotismo e o cuidado com os pilares sociais. Familia e escola.

    Estamos colhendo frutos de uma eduação mal cuidada e deixada para os programas de TV e pela Internet.

    Pelas familias sem estrutura por que não há mais programas sociais de alfabetização de adultos. Não há mais programas culturais que envolvam as famílias em atividades externas.

    São tantas faltas que vai sobrar cisco pra varrer por uma década.

    Beijo no coração
    Rondi

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    1. É, Rondi, a origem de muitos problemas é a bendita educação, meu amigo. Valeu! Muito obrigado pela visita ao 'blog'.

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  2. Lindo texto Fábio!!! É isso mesmo que as pessoas precisam, delicadeza, gentileza!!! Ser educado, ser honesto é qualidade e não sinal de fraqueza!!! Como Dizia São Camilo De Lélis: É preciso ter mais coração nas mãos...
    É preciso humanizar o ser humano...

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    1. Obrigado, Agiane, pelas palavras delicadas. Você é sempre delicada, minha querida. Um beijo grande. É um luxo, uma honra "receber sua visita".

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  3. É meu amigo, são tempos de barbaridade!
    Ótimo texto! Sempre tenho grande prazer nas leituras de Doncovimeproncovô.

    Abração, meu amigo!

    Rodrigo Davel

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    1. Amigo Rodrigo, mesmo em tempos de 'barbaridades', sabemos que há alguns "oásis" por aí que nos salvam, como a boa música e a boa literatura. Graças a Deus! Obrigado, querido, pela visita, que é sempre uma honra e um luxo para mim.
      Valeu!

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  4. Já presenciamos cada barbárie, não é?!?

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    1. Pois é, Fê, não nos esqueçamos de que estamos no "país da delicadeza perdida". Que pena! Infelizmente, o mundo está assim. A despeito disso, continuo acreditando em pessoas educadas. "Eu vejo um novo começo de era / de gente fina, elegante e sincera (...)", como bem disse Lulu Santos em "Tempos modernos". Bjs.

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  5. Como sempre são impecáveis os seus textos... essa é a função dos que escrevem né Fábio? falar por nós... por isso "te leio"... como falta gentileza nessa terra viu poeta? em outros lugares também, mas, estou pra te dizer que o povo em Cachoeiro anda meio doido rapaz!!!
    O que você narrou é um pouco do que também presencio... isso me angustia por demais... ... sabe Fábio as vezes me sinto em outro mundo, aí respiro fundo e retorno à realidade... por vezes os ensinamentos dos meus pais (que são analfabetos como respeito, gentileza, educação, cortesia, gratidão) e que vieram lá da fazenda me fazem sofrer demais, mas deles não abro mão!
    Sabe Fábio, gosto muito de um texto do padre Fábio de Melo onde ele compara, boa parte das pessoas com caminhões carregados de lixo, na primeira oportunidade despejamos sobre alguém todo nosso lixo, e que lixo...meu amigo tenho feito a dura e necessária tarefa de todos os dias descarregar meus lixos no vaso sanitário da minha casa antes que eu os despeje sobre alguém... é simples né Fábio, é miúdo como define a poeta de Divinópolis, basta ser gentil, um bom dia, boa tarde, por favor, obrigado... ... não mata ninguém!
    Beijo!!
    Hércules Campos

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  6. Hércules, meu amigo, essa falta de gentileza cotidiana 'me' faz um mal à beça, sabia? Não há - para mim, pelo menos - como ser insensível a isso. É angústia mesmo. Também procuro jogar meu "lixo" em locais adequados. Um beijo grande, querido. Mais uma vez, obrigadíssimo pela luxuosa visita.

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  7. Me identifiquei com a situação dos carrinhos nos supermercados e dos guarda-chuvas sob marquises. Enquanto os protegidos andam sob elas, os que estão sem sombrinhas têm que andar na chuva. Como isso me irrita. Falta de simples observação ... As vezes evito pensar nessas coisas, me lembram filmes de ficção científica que falam de um futuro distante (?) onde ngm se importa com ngm, se denunciam o outro por dinheiro...e por aí vai.

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  8. Pois é, Dinaura, o tal "futuro distante" dos filmes de ficção científica já está aí há muito tempo... infelizmente. Ninguém pensa no outro... Que pena! Muitíssimo obrigado pela visita, pelo comentário. Beijo grande. Fábio

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