terça-feira, 1 de janeiro de 2013

TODO ANO, AS MESMAS HISTÓRIAS



VIVER, AMAR, VALEU
Luiz Gonzaga Jr.

Quando a atitude de viver
É uma extensão do coração
É muito mais que um prazer
É toda a carga da emoção
Que era o encontro com o sonho
Que só pintava no horizonte
E de repente diz presente
Sorri e beija nossa fronte
E abraça e arrebata a gente
É bom dizer: viver valeu!
Ah! Já não é nem mais alegria
Já não é nem felicidade
É tudo aquilo num sol riso
É tudo aquilo que é preciso
É tudo aquilo paraíso
Não há palavra que explique
É só dizer: viver valeu!
Ah! Eu me ofereço esse momento
Que não tem paga e nem tem preço
Essa magia eu reconheço
Aqui está minha sorte
Me descobrir tão fraco e forte
Me descobrir tão sal e doce
E o que era amargo acabou-se
É bom dizer: viver valeu
É bem dizer: amar valeu
Amar valeu!

                                                 Fonte: CD Puro prazer, Zizi Possi, Universal Music, 1999, 73145468182


TODO ANO, AS MESMAS HISTÓRIAS
Por Fábio Brito

Todo ano, nos últimos dias de todos os anos, lá vêm as mesmas chatices, as mesmas histórias. Se abro os jornais, as revistas, ou se assisto a certos programas de TV, eis o que sempre vejo: o que houve de melhor no ano que está findando e as benditas previsões para o próximo.  Não aguento mais retrospectiva e aguento muito menos previsões e mais previsões (todas bem previsíveis, claro!). Argh!
Para aliviar um pouco o fato de eu não suportar tanta chatice, teço meus comentários sobre as tais retrospectivas e as (in)felizes previsões. Talvez, assim, eu elimine a "gastura". Comecemos pela TV. Não consigo mais ler nada que teça uma linha sequer sobre “Avenida Brasil”. Estou sendo rabugento, eu sei, mas tenho, cá entre nós, esse direito, não tenho? Ok. A novela, dizem, foi boa mesmo. E deve ter sido, uma vez que muita gente competente a avaliou assim. Apenas comecei a ver um dos primeiros capítulos. Depois, só ouvi “falar”. Mesmo não vendo, fiquei conhecendo tudo: soube de muitos detalhes da trama, conheci as personagens e por aí vai. Em se tratando de tudo o que faz sucesso, é até "chover no molhado" dizer que não precisamos correr atrás, procurar saber: as músicas, as novelas, os filmes, por exemplo, vêm ao nosso encontro. É bom deixar claro que nem tudo o que vem ao nosso encontro é de “nosso agrado”. Deus me livre! O que mais tenho feito, nos últimos tempos, é rejeitar muita “coisa” que, via portas e janelas, entram, aos borbotões, em minha casa.  
Bom, e por falar em “Avenida Brasil”, falemos, pois, de Adriana Esteves, que é, sem dúvida, boa atriz e brilhou alto nessa novela. Muitos dizem que essa atriz é ótima, excelente. Continuo achando-a apenas uma boa atriz e mais nada.  Só. À semelhança de Regina Duarte, Adriana, para mim, também tem uns tiques (ou umas “caretas”) que não me agradam e que me incomodam. Dizendo isso, sei, perfeitamente, que estou indo em direção contrária a uma multidão, porque todo o mundo vive incensando Esteves e sua Carminha (e várias de suas personagens), assim como já incensaram - e continuam incensando - Regina Duarte, a outrora "Namoradinha do Brasil". Adriana talvez seja a nova "Namoradinha"... Pausa: sem patrulhas! Sempre desconfiei de que, em muitos casos, a razão está com as minorias.
Acerca da tão comentada trama de “Avenida Brasil”, louvemos, pois, João Emanuel Carneiro, que já havia mudado o rumo das telenovelas brasileiras com “A favorita”. Em “Avenida...”, por exemplo, parece-me louvável o fato de esse autor ter implodido o maniqueísmo, como disse, em outras palavras, o diretor de teatro Marco Antonio Braz: quem foi vilão? Quem foi herói? Se a heroína – interpretada por Débora Falabella – valia-se de métodos pouco ortodoxos, a dita vilã, por sua vez, também “fraquejava nos bons sentimentos”, como afirma o jornalista Ivan Claudio.
Vamos a mais retrospectiva? Na música, por exemplo, Caetano Veloso (sempre polêmico!) gravou “Abraçaço”, afirmando ter fechado a trilogia que se completa com “Cê” e “Zii e Ziê”. Gostei, com reservas, do “Abraçaço” e não gostei “nadica” dos outros dois.  Confesso que sou conservador. Essas modernidades “caetanescas” (incluo, aqui, o “Recanto”, de Gal, que, em verdade, é um disco “do” Caetano) não me arrebatam. Ao contrário, afastam-me da obra desse grande cantor/compositor de quem sempre fui fã. Ao ouvir esses três CDs, que ele gravou com a Banda Cê, morri de saudades de “Cinema Transcendental”, “Terra”, “Velô”, “Outras palavras”, “Cores, nomes” e tantos outros que já figuram não apenas entre meus discos favoritos, mas entre grandes clássicos da Música Popular Brasileira.
Sobre as previsões para o ano que vem chegando, teremos, lembrando a ironia de Cazuza, um “museu de grandes novidades”. Na TV – e, por extensão, no teatro (incrível!) e no cinema – continuaremos com a invasão de carinhas bonitas e corpinhos malhados. Nada de novos atores! Hoje, como disse Fernanda Montenegro, todo o mundo é artista. Entretanto, não são todos que podem ser atores. E vêm mais novelas por aí protagonizadas por ex-modelos, ex-BBBs e não sei mais o quê. Pois é, citando outra atriz, desta vez Nathalia Timberg, tudo isso tem a ver com a "superficialidade que acompanha a velocidade". Ninguém mais estuda para ser ator. Dá trabalho. As passarelas (ou as revistas) são um trampolim excelente para o palco de um teatro ou para os estúdios de TV. Onde estão os atores?, pergunto-me constantemente. Nas novelas? Procurando bem, num elenco de cinquenta, cinco são atores. “Tá” bom, não ‘tá’?  
Na música, outro terreno fertilíssimo para brotar e vingar o mau gosto, não é preciso dizer que minhas "previsões" não são nada alentadoras: assim como na TV, quem vai vender horrores e fazer um sucesso extraordinário é exatamente o povo que não sabe cantar: dos sertanejos universitários (a que ponto chegaram os universitários, meu Deus!), passando pelas deusas ‘do’ axé e indo até os românticos de motel de quinta. Não há como mensurar o sucesso que eles farão. É algo que extrapolará a Via Láctea. A mídia, o tempo todo, tentará incutir o seguinte em nossas cabeças: - “Esqueçam os que fazem Arte”. No entanto, na contramão do mercado (graças a Deus e aos orixás!), pequenas gravadoras - muitas independentes – continuarão dando espaço a quem tem talento. Ufa!  Pausa: sou do tempo em que, em sala de aula de universitários, quando o assunto era música, só entravam na roda Gil, Chico, Milton, Caetano... Hoje, prefiro evitar comentários acerca do gosto dos estudantes. Não são todos que têm um gosto duvidoso, claro!. Ainda há uns ETs que, bravamente, são minoria.
E o cinema? Assim como na música e na TV, o que venderá "adoidado" será exatamente o “mais comercial”, o de fácil “digestão”, o que não exige qualquer esforço para o entendimento. Bilheterias vão ”bombar” com o fácil, o previsível, o grotesco e o engraçadinho, mas ordinário. As banalidades continuarão lotando as salas de cinema no mundo inteiro. Quem quiser assistir a obras de arte terá de rezar para que elas tenham sido lançadas em DVD ou algo similar. Caso contrário, a pessoa terá de se contentar com alguns fragmentos que, porventura, algum corajoso atrever-se a disponibilizar via YouTube. Hoje, nem mais locadoras existem. Há um tempo, quando elas eram encontradas em quaisquer esquinas da cidade, havia sempre aquelas que, nalguma estante empoeirada láááá do fundo da loja, guardavam um espaço para os filmes que “corriam por fora”. Numa das locadoras que eu costumava frequentar, a classificação dos filmes “obras de arte” era esta: “filmes de outros países”, em etiqueta colada na prateleira. Nem é preciso dizer que a “xaropada americana” dominava: abarrotava praticamente todas as estantes. Para os próximos anos,  nem é necessário prever: mais xarope virá por aí...
Vamos a mais retrospectivas e previsões? Na vida, de modo geral, é fácil afirmar que tem faltado humanidade neste mundo. Alguém duvida? Pense no ano que está ficando para trás... Nem preciso travestir-me de Tirésias para apostar no seguinte: para os anos vindouros, as pessoas lutarão por mais dinheiro no bolso e menos humanidade. E lutarão bravamente por isso. Por dinheiro, continuarão “vendendo a alma ao diabo”, como se dizia antigamente. E, com o decorrer dos anos, a tendência é o preço cair mais e mais. Chegará o dia em que as almas, na xepa, serão arrematadas pelo “pé-cascudo”, pelo “beiçudo”, pelo “mofento”, pelo “rabudo”, pelo “tinhoso”. Sem filosofias baratas: muitas pessoas, hoje, valem pelo carro que têm, valem pelo cargo que ocupam. E orgulham-se muito disso. Nunca as pessoas correram tanto atrás de dinheiro e de “estatus”. Todo o mundo quer mandar, todo o mundo quer ser chefe, todo o mundo quer ter dinheiro, casa na praia, no campo e “outras mumunhas mais”.
Sabe o que ando querendo? Só saúde! Mais nada! Tudo o que não for saúde é menor, é menos importante, é insignificante. Citando Gonzaguinha, qualquer doença “deixa esmagada a vida no chão”. Muitos, infelizmente, não pensam assim, não sabem – ou não querem saber – disso: mesmo doentes, correm alucinadamente atrás de dinheiro e de poder. Que horror!
Depois de lutarem pela saúde (torço por isso!), espero que as pessoas consigam mudar o que pode – e deve – ser mudado e que aprendam a reconhecer o que não tem solução, o imutável. O problema é que muita gente até reconhece, localiza o imutável. Entretanto, continua atrelada a ele. Que pena!  
Felizes “próximos anos”! É... não desejo que só o próximo seja bom. E vamos “tocando em frente”... 


ANO NOVO
Chico Buarque/1967
O rei chegou
E já mandou tocar os sinos
Na cidade inteira
É pra cantar os hinos
Hastear bandeiras
E eu que sou menino
Muito obediente
Estava indiferente
Logo me comovo
Pra ficar contente
Porque é Ano-novo

Há muito tempo
Que essa minha gente
Vai vivendo a muque
É o mesmo batente
É o mesmo batuque
Já ficou descrente
É sempre o mesmo truque
E quem já viu de pé
O mesmo velho ovo
Hoje fica contente
Porque é Ano-novo

A minha nega me pediu um vestido
Novo e colorido
Pra comemorar
Eu disse:
Finja que não está descalça
Dance alguma valsa
Quero ser seu par
E ao meu amigo que não vê mais graça
Todo ano que passa
Só lhe faz chorar
Eu disse:
Homem, tenha seu orgulho
Não faça barulho
O rei não vai gostar

E quem for cego veja de repente
Todo o azul da vida
Quem estiver doente
Saia na corrida
Quem tiver presente
Traga o mais vistoso
Quem tiver juízo
Fique bem ditoso
Quem tiver sorriso
Fique lá na frente
Pois vendo valente
E tão leal seu povo
O rei fica contente
               Porque é Ano-novo



APRENDENDO A VIVER

Thoreau era um filósofo americano que, entre coisas mais difíceis de se assimilar assim de repente, numa leitura de jornal, escreveu muitas coisas que talvez possam nos ajudar a viver de um modo mais inteligente, mais eficaz, mais bonito, menos angustiado.
Thoreau, por exemplo, desolava-se vendo seus vizinhos só pouparem e economizarem para um futuro longínquo. Que se pensasse um pouco no futuro, estava certo. Mas “melhore o momento presente”, exclamava. E acrescentava: “Estamos vivos agora”. E comentava com desgosto: “Eles ficam juntando tesouros que as traças e a ferrugem irão roer e os ladrões roubar”.
A mensagem é clara: não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe.
Cada um de nós, aliás, fazendo um exame de consciência, lembra-se pelo menos de vários 'agoras' que foram perdidos e que não voltarão mais. Há momentos na vida que o arrependimento de não ter tido ou não ter sido ou não ter resolvido ou não ter aceito, há momentos na vida em que o arrependimento é profundo como uma dor profunda.
Ele queria que fizéssemos agora o que queremos fazer. A vida inteira Thoreau pregou e praticou a necessidade de fazer agora o que é mais importante para cada um de nós.
Por exemplo: para os jovens que queriam tornar-se escritores mas que contemporizavam – ou esperando uma inspiração ou se dizendo que não tinham tempo por causa de estudos ou trabalhos – ele mandava ir agora para o quarto e começar a escrever.
Impacientava-se também com os que gastam tanto tempo estudando a vida que nunca chegam a viver. “É só quando esquecemos todos os nossos conhecimentos que começamos a saber”.
E dizia esta coisa forte que nos enche de coragem: “Por que não deixamos penetrar a torrente, abrimos os portões e pomos em movimento toda a nossa engrenagem?” Só em pensar em seguir o seu conselho, sinto uma corrente de vitalidade percorrer-me o sangue. Agora, meus amigos, está sendo neste próprio instante.
Thoreau achava que o medo era a causa da ruína dos nossos momentos presentes. E também as assustadoras opiniões que nós temos de nós mesmos. Dizia ele: “A opinião pública é uma tirana débil, se comparada à opinião que temos de nós mesmos”. É verdade: mesmo as pessoas cheias de segurança aparente julgam-se tão mal que no fundo estão alarmadas. E isso, na opinião de Thoreau, é grave, pois “o que um homem pensa a respeito de si mesmo determina, ou melhor, revela seu destino”.
E, por mais inesperado que isso seja, ele dizia: tenha pena de si mesmo. Isso quando se levava uma vida de desespero passivo. Ele então aconselhava um pouco menos de dureza para com eles próprios. O medo faz, segundo ele, ter-se uma covardia desnecessária. Nesse caso devia-se abrandar o julgamento de si próprio. “Creio, escreveu, “que podemos confiar em nós mesmos muito mais do que confiamos. A natureza adapta-se tão bem à nossa fraqueza quanto à nossa força”. E repetia mil vezes aos que complicavam inutilmente as coisas – e quem de nós não faz isso? - , como eu ia dizendo, ele quase gritava com quem complicava as coisas: simplifique! simplifique!
E um dia desses, abrindo um jornal e lendo um artigo de um nome de homem que infelizmente esqueci, deparei com citações de Bernanos que na verdade vêm complementar Thoreau, mesmo que aquele jamais tenha lido este.
Em determinado ponto do artigo (só recortei esse trecho) o autor fala que a marca de Bernanos estava na veemência com que nunca cessou de denunciar a impostura do “mundo livre”. Além disso, procurava a salvação pelo risco – sem o qual a vida para ele não valia a pena – “e não pelo encolhimento senil, que não é só dos velhos, é de todos os que defendem as suas posições, inclusive ideológicas, inclusive religiosas” (o grifo é meu).
Para Bernanos, dizia o artigo, o maior pecado sobre a terra era a avareza, sob todas as formas. “A avareza e o tédio danam o mundo”. “Dois ramos, enfim do egoísmo”, acrescenta o autor do artigo.
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!
Feliz Ano Novo.

LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

 
Não me basta ter um sonho.
Eu quero ser um sonho.

COUTO, Mia. O último vôo do flamingo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.


Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.

ABREU, Caio Fernando. Caio 3D: o essencial da década de 1970. Rio de Janeiro: Agir, 2005.



TEMPO-SERÁ

A Eternidade está longe
(Menos longe que o estirão
Que existe entre o meu desejo
E a palma de minha mão).
Um dia serei feliz?
Sim, mas não há de ser já:
A Eternidade está longe,
Brinca de tempo-será.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

   
OS DANÇARINOS DO ARAME

Dentro das atuais coordenadas do espaço e do tempo, aqui nos vamos equilibrando sobre este fio de vida...
Que rede de segurança, pensamos nós, cheios de esperança e medo, que rede de segurança nos aparará?

QUINTANA, Mario. Caderno H. 2ª ed. São Paulo: Globo, 2006.



 
Cambalhotaóleo sobre tela, 1958, 59.5 x 72.5 cm.




6 comentários:

  1. Adorei o texto!!!
    Oba!!! Serei o primeiro a comentar...
    A cada ano que se passa a porcariada nas artes vem ganhando espaço, seja... nos livros... geralmente de autoajuda (é assim?) até o focado ao público infanto-juvenil, no cimena... os EUA... ainda dominam... uma vez lá ou outram lançam o bom filme digno da qualidade crítica dos filmes italianos e franceses.
    No cinema brasileiro... ainda me assusto... com a quantidade de palavrões ditas... desde FDP ao famoso "caralho"...
    Na música, aliás... que música? Tb sou ultraconservador...
    Penso que a única arte que não vendeu à alma ao diabo foi a pintura... mas vamos ver no que vai dar... Bjão!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Fê, pelos comentários. É... infelizmente, o tal do "sem qualidade" ainda impera: na música, no cinema, na literatura... Impera no sentido de que vende muito. O próprio cinema nacional é um exemplo: depois de "Carlota Joaquina", constatamos um avanço extremamente significativo. Depois, descobriram o caminho da "bilheteria". Pronto! Os "bonitinhos, mas ordinários" passaram a liderar. Claro que, procurando, encontramos ótimas produções. Entretanto, elas são bem pouco divulgadas. Nem em DVD saem! E a música? Olhe o que há por aí: gente fazendo "caras e bocas" em muitos programinhas de TV. Aliás, se não fizerem caras e bocas, farão o quê? E a literatura? Sem comentários. Só xaropada vende, faz sucesso. Sabe aquele tipo de "obra" que diz que as pessoas "devem amar o próximo" e não sei mais o quê? Vá catar coquinho! Pintura? Ih, "viraemexe", aparece um dizendo que pinta. Há muitas exposições por aí que, dizem, são "de arte". Socorro! Concordo com a letra de "Bienal", do Baleiro. Confira! No mais, beijos e "volte" sempre.

      Excluir
  2. "E a beleza do lugar, pra se entender / Tem que se achar / Que a vida não é só isso que se vê / É um pouco mais / Que os olhos não conseguem perceber / E as mãos não ousam tocar / E os pés recusam pisar"

    'Sei lá, Mangueira', de Paulinho da Viola, meu amigo, é o que me veio a lembrança com sua postagem, e sua crônica!

    E é pela verdadeira arte que vamos entendendo 'pouco a pouco' a vida! Retrospectiva não entende a vida; a vida não é só matéria, não é, amigo?

    Abração,
    Rodrigo Davel

    http://www.youtube.com/watch?v=MGjn6xhKdN8

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Rodrigo, meu amigo, retrospectiva é um enjoo e "não entende a vida", como você disse. Não explica nada. Só cansa! Sigamos em frente. Obrigado pela leitura, pela visita. Obrigado por "Sei lá, Mangueira". Abração.

      Excluir
  3. Bem dito pelo filósofo "melhore o tempo presente" é só ele que temos não? Acredito muito que as tais previsões são movidas pelos nossos anseios e desejos... precisamos nos explicar, necessitamos (de nos) agarrarmos em algo bem apontou Levinas, o grande problema é que diante da falta de referências qualquer coisa tem servido né poeta?
    Abraço!!
    Hércules Campos

    ResponderExcluir
  4. Hércules, querido, concordo com você: as benditas previsões são movidas - e muito! - por nossos anseios, desejos... e necessidades. Um beijo.

    ResponderExcluir