terça-feira, 6 de dezembro de 2016

CÁ ENTRE NÓS, UM CICIO...



IPOD
J. Velloso

Não se pode viver sem ipod
Mas se pode viver sem respeito, irmão
Não se pode viver sem ipod
Mas se pode viver sem respeito, uai!

O ovo a lâmpada de Colombo
O MP3 do Kazaa
Pirata!
E eu navegando na "internete"
Conhecendo todo mundo
Mas na solidão

Meu falso tênis coreano
E a cueca cheia de dinheiro 
Roubado!
E o médico cobrador de ágio
E o delegado comedor de pizza
Com o ladrão

O cristal líquido me faz "lhe" ver melhor
Na tela do meu computador
Clonado!
E virtualmente apaixonado 
Por quem digitou mais rápido
Quero o seu coração 



CÁ ENTRE NÓS, UM CICIO...
Por Fábio Brito 


Faço questão de abrir este texto fazendo referência à soberana voz de José Saramago, um dos mais nobres escritores do mundo: numa entrevista de 1993, nosso grande escritor disse ser contra a tolerância. Permitir que o outro seja diferente e tolerar sua existência não basta, segundo ele. É pouco. Quando se tolera, concede-se e fica estabelecida, assim, uma relação de superioridade de uma das partes. Se a intolerância é ruim, diz Saramago, a tolerância não é tão boazinha como pensamos ou como parece ser. Na relação entre duas pessoas, tanto uma quanto a outra, intolerância e tolerância, não deveriam existir. Disse tudo, meu mestre Saramago!
Cá entre nós, um cicio: não suporto a palavra tolerância. Tenho ojeriza! Por isso, Saramago, a meu ver, está com total razão. Estou com ele e não abro. Ando cansado de ouvir essa palavrinha, que, de uns tempos para cá, tem sido empregada “a torto e a direito”. Já está mais do que desgastada. No Dicionário Houaiss, tolerância, em uma de suas acepções, significa “tendência a admitir, nos outros, maneiras de pensar, de agir e de sentir diferentes ou mesmo diametralmente opostas às adotadas por si mesmo”. Para mim, o termo “tolerância” desliza bastante: chega ao famigerado verbo “suportar”. Quem tolera não faz nada mais do que suportar. E suportar é asqueroso, repugnante até. Quero que fiquem bem longe de mim os que me toleram! Longe mesmo! E há os que me toleram, é evidente. Todos nós temos os que nos toleram. Tolerem, mas de longe. Bem de longe!
Na redação do ENEM deste ano (2016), eis que a tal palavrinha está no tema: "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil". Bom, o que vejo mesmo, em se tratando de religião, é uma brutal falta de respeito (fruto de uma também brutal ignorância, claro!), principalmente quanto às religiões de matriz africana. Fiquei só imaginando aqueles candidatos "pra" lá de preconceituosos - os que tiveram o cérebro bem talhado - no momento da redação. Ah, devem ter dito que o avô era babalorixá, que a bisavó da mãe era ialorixá, que tiveram tios kardecistas e por aí... O que não fazem por uns "pontinhos"! Finda a prova, saíram do "transe" e voltaram à realidade. Ou seja, voltaram a satanizar, a demonizar tudo o que não faz parte de seu limitadinho mundo religioso. O outro é o inimigo e, como tal, precisa ser combatido, destruído. Xô, semente do mal! Para tanto, é necessário um exército numeroso, que aumentará as chances de a guerra ser eficaz. Para isso, locais para a "fazeção" de cabeça não faltam. Proliferam feito gorgulho no feijão. Brotam do dia para a noite. Deus! Que falta faz a leitura (a boa leitura!), que nos presenteia com o poder de discernimento. 
Saindo da esfera religiosa (nem tanto, uma vez que suas raízes são bem profundas), lembrei-me de uma recente onda de manifestos contra a violência, em especial a que deu origem à tragédia em Orlando (EUA). Tem-se discutido bastante, por meio de manifestações artísticas e textos jornalísticos, o preconceito e o combate à homofobia. Obviamente, a palavra tolerância, que nunca saiu de cartaz, também esteve presente no contexto dessas manifestações: junto com a enxurrada de comentários, preconceituosos ou não, espalhados por aí, há as pessoas que se dizem tolerantes  - são as boazinhas - quanto à homossexualidade (lembrando que homossexual é só o filho do vizinho). Para mim, esses tolerantes são piores que os ignorantes que condenam veementemente tudo o que foge aos padrões de nossa tradição judaico-cristã, digamos assim.  Xô, tolerante!
Em se tratando de política, que não poderia faltar quando a questão é (in)tolerância, não é novidade para ninguém que a falta de respeito (ops! intolerância para muitos) é ampla, geral e irrestrita. Depois da última eleição para a Presidência da República, então, o cenário ficou assustador. As pessoas têm saído por aí às cegas e condenando ao fogo do inferno partidos políticos e pessoas que são, pornograficamente, julgados pela "imparcial" mídia ("A cadela do fascismo está sempre no cio", como preconizou Brecht). As redes sociais, obviamente, deram voz a todos, o que é altamente democrático. Todavia, não dá para não enxergar que, hoje, em tempos de INTERNET, "nunca os idiotas se manifestaram tanto", como ouvi de um respeitado ator. A raiz disso está, claro!, na falta de leitura. Quando lê, uma massa assustadora o faz bebendo "de" fontes que lhe são despudoradamente impostas. Essa massa cai bonitinho na goela do lobo. Eis aí a falta que faz a boa leitura, a que nos transforma em cidadãos. Que pena! 
Vamos a outra esfera da qual a (in)tolerância também nunca se ausentou. Porque é chegado o fim do ano, quando toda e qualquer intolerância desaparece completamente, impossível não lembrar as festas, que se aproximam. No Natal, então, religiosidade e fraternidade vêm à tona com uma espontaneidade de dar inveja a qualquer santo. Todos se transformam em irmãos. Nas empresas, sempre há festas. Hora de amor, gente! Hora da fraternidade! Gente que dá pernada o ano inteiro, que faz questão de ser injusta, que fura o olho mesmo e não se faz de santa... vira irmã no fim do ano. Irmã Dulce e Chico Xavier morreriam de inveja se vissem algumas pessoas que temos de tolerar (agora sim!). Durante o ano, ou durante trezentos e tantos dias (alívio em férias, feriados e fins de semana!), é uma truculência só. No fim do ano, amor total. Fazer o quê? 
Para fechar, eis uma situação em que temos, sim, de ser tolerantes (agora sim!). Ao parar num posto para abastecer o carro (não é piada!), eis meu diálogo com o frentista:
- Boa-noite! Etanol, por favor. 
- Não temos etanol, senhor?
- Ok (sem mais delongas). 
- Gasolina (sem mais delongas).
- Comum ou aditivada, senhor? 
- Aditivada (também sem mais delongas). 
- Ah, só temos comum...
- Então, por que você me perguntou? 
- Desculpe aí, senhor. 
Numa situação assim, temos ou não temos de ser tolerantes? Agora sim, encontro uma oportunidade rara para empregar essa famigerada palavrinha. Meus sais, por favor! 



O ROLEZINHO E O CONTRATINHO ANTISSOCIAL
(13 de janeiro de 2014)
O rolezinho no shopping é, talvez, um dos atos políticos mais importantes dos últimos tempos no Brasil. Por meio deles, por exemplo, os jovens da periferia já conseguiram obrigar os shoppings a confessarem que a noção de “espaço público” com que concordam está sujeita a severas restrições e, de quebra, têm obrigado também as autoridades públicas a revelarem que tipo de “ordem” estão vocacionadas a proteger.
Muitas das coisas que antes fazíamos nas ruas migraram – e, com elas, nós – para dentro de shoppings. Livrarias, por exemplo, estão cada vez mais guardadas nos shoppings e marcadas pela mesma lógica: imensas lojas de “conveniências” em que os livros são uma parte muitas vezes inexpressiva. Bares e restaurantes estão migrando para os shoppings. Lojas de tudo, a quase todo preço, também se trancaram nos shoppings. Com elas, nós também nos trancamos.
No entanto, se você que estiver lendo este texto tiver as características e os hábitos daqueles para quem os shoppings são feitos (e há uma visível estratificação mesmo entre os públicos consumidores dos diversos shoppings, dos mais “populares” aos “exclusivos”), talvez não tenha ainda se dado conta de que não costuma cruzar, no shopping, com aqueles que fizeram concretamente o shopping (tudo bem, ouça aqui o eco de “tá vendo aquele edifício, moço, fui eu que construí…”), muito menos com aqueles todos contra quem o shopping foi feito.
É disso que se trata: o shopping, ao se apresentar como sendo feito para alguns, é fundamentalmente um lugar contra todos os outros, contra todos aqueles que não se enquadrem nos padrões de aparência e consumo com que o shopping espera contar. Quem corresponde a tais padrões, por sua vez, faz parte da decoração do shopping e alimenta a expectativa de andar pelo shopping cercado por seus “iguais”. É, em suma, um lugar antissocial, por ser a negação consciente da panela de pressão que a cidade é de sua porta para fora, cheia de riscos, variantes, diferenças e toda sorte de coisas incontroláveis.
Numa cidade marcada pela violência, pela desigualdade, pela mendicância, pelo abandono, o shopping se apresenta como uma espécie de bunker. Nosso particular “mundo de Andy”, em que vamos alimentando a ilusão de segurança que tanto gostaríamos que o mundo todo oferecesse. Ou não.
Mas isso tudo dependia de um certo acordo entre os que podem e os que não podem entrar no shopping: “perceba que você não é daqui – nem entre”. E, contra todas as lições da lógica formal, parte gigantesca da sociedade aprendeu a conviver com uma verdade incômoda: a porta está aberta, mas está fechada. O convite para vir está feito, mas não venha!
O que o rolezinho coloca em evidência é que há uma parcela significativa de nossa juventude que não quer fingir que concorda com esse “contratinho antissocial” e está proclamando um “vamos invadir” que ninguém, no silêncio dos shoppings, gostaria de ouvir. Ninguém, ninguém mesmo, nem aquele consumidor – digamos – assemelhado visualmente aos praticantes do rolezinho, ainda mais agora que alguns shoppings estão conseguindo liminares contra os “eventos” e a polícia, com sua habitual sensibilidade, será responsável por identificar quem chega ao shopping como ameaça… Poucos estarão a salvo – e vocês sabem quem.
O medo que boa parte da sociedade revela diante disso, nas conversas que tenho ouvido aqui e ali, é que os shoppings, como únicos lugares em que aquela falsa segurança ainda é oferecida a preços variados, também tranquem suas portas, cobrem “consumação mínima” dos frequentadores, exijam a apresentação de credenciais na entrada, e por aí vai, deixando ainda mais claro quem pode e quem não pode participar do “clube”.



Num shopping aqui de SBC, chamou minha atenção recentemente a presença de uma capela aberta aos frequentadores, bem pertinho dos banheiros. Faz todo sentido o lugar em que ela está, porque provavelmente são os únicos ambientes – a capela e os banheiros – daquele prédio que estão mais ou menos livres da maquininha da Cielo. Será?
https://tarsodemelo.wordpress.com/2014/01/13/o-rolezinho-e-o-contratinho-antissocial/

11 comentários:

  1. A tolerância que se prega nada mais é que um disfarce. Aliás o Brasil sempre se vendeu como o "país cordial"(nós bem sabemos como na verdade é). Fico só de olho nesses "tolerantes" também moldados, talvez, na mesma fôrma dos intolerantes. Só a tinta é diferente!
    Fábio, como sempre, uma percepção incrível da realidade. Grande abraço!

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    1. Luiz, concordo com você: "só a tinta é diferente" em relação aos "tolerantes" e aos "intolerantes". Obrigado, meu querido, pela leitura, pela visita a este "blog". Seu comentário é sempre um luxo. Abração.

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  2. A tolerância que se prega nada mais é que um disfarce. Aliás o Brasil sempre se vendeu como o "país cordial"(nós bem sabemos como na verdade é). Fico só de olho nesses "tolerantes" também moldados, talvez, na mesma fôrma dos intolerantes. Só a tinta é diferente!
    Fábio, como sempre, uma percepção incrível da realidade. Grande abraço!

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  3. Me lembrou a história da "pomba", lembra?

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    1. Lembro, Fernando. Não dá para esquecer. Obrigado. Valeu! Beijos.

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  4. Nada a acrescentar ou a excluir nestas suas sempre lúcidas , brilhantes e bem traçadíssimas linhas. Mas como sou um "pitaqueiro" contumaz rs só resta a você exercitar a tolerância (ah!...coitado...) rs, pois terei de fazer dois "posts" rs Já fui diagnosticado como impaciente controlado...posso concluir, portanto, que sou um tipo especial de tolerante .Tomás de Aquino disse que a tolerância é o mesmo que a paciência. Antigamente, puteiro era casa de tolerância...No passado (desde meados do séc. XIX), maison de tolérance... era a casa ou zona de prostituição: muitos toleram esses locais, procurando evitar, assim, a disseminação desses costumes em toda sociedade.Freud explica? rs
    Também na literatura universal, existem alguns provérbios que nos recordam a tolerância.
    Tolérance n’est pas quittance(7), que poderíamos traduzir por: "Tolerância não é liberdade total...". Numa pequena cidade do interior, um deficiente físico, sem pernas, perambulava pela cidade com auxílio das duas mãos e o apoio do tronco. Durante anos, no seu trajeto, era debochado por um homem que dizia: - Vai gastar o... Um dia ele perdeu a paciência e matou o importunador. Na justiça, o aleijado foi duramente atacado, e tido como assassino cruel. O advogado, ao iniciar a defesa, falou durante dez minutos elogiando a qualidade de cada membro do júri, até que o juiz interrompeu: - Se o senhor não iniciar a defesa, não permitirei que prossiga. Sabiamente, o advogado respondeu: - Meritíssimo, se o senhor não agüentou dez minutos de elogios, imagine a situação do réu que suportou anos de insultos... Nestes casos, pode valer o provérbio: "Não seja intolerante a menos que você se confronte com a intolerância". Não tolero intolerantes rs...e todo intolerante é intolerável, consequentemente. Um intolerante não suporta o outro, assim como dois bicudos não se beijam rs.
    Quanto à tolerância, costumamos atuar, como diz o provérbio, "com dois pesos e duas medidas": tendemos a ser muito complacentes com os desvios de nossa conduta (e isto quando os reconhecemos...em cada grupo de 100 pessoas , no máximo dez conseguem) , com os nossos amados/a,amantes...e implacáveis com os outros: não lhes damos o tempo necessário para mudar.Não somos quase sempre os melhores juízes de nós mesmos. Quem observa como a "banda toca", existencialmente, cansa de ver pessoas criticando defeitos alheios presentes em si mesmas, apenas com tonalidades ou nuances diferentes...iguais na essência.O que leva duas pessoas a entrarem em discórdia? A invasão do direito alheio, o ultrapassar o limite de tolerância, a incapacidade de compreensão mútua ou própria, a falta de empatia, a nossa própria natureza, o nosso temperamento descontrolado. Somos limitados, e isto se manifesta também no modo tosco como nos relacionamos muitas vezes com as pessoas.
    As pessoas muitas vezes não atuam de modo errado por má fé, e sim por ignorância. Com certeza fariam de modo distinto, se soubessem como fazer ou se tivessem feito as seminais leituras relevantes. Esta tarefa não tem fim, e questionar-se sobre o empenho pessoal de diminuir o nível de ignorância, nos faria no mínimo reconhecedores da dívida social que carregamos. Aprendemos tanto, e por este motivo somos capazes de questionar as deficiências. Não são os professores e pais os únicos interessados. Ninguém dá o que não tem, e por isto sempre temos algo que dar a outrem, e assim diminuir a ignorância.
    Outro ponto é o preconceito... O preconceito gera um prejuízo (é um enorme prejuízo). Uma idéia pré-concebida cria uma barreira para compreender a realidade. Uma pessoa que não queira ouvir, ver ou escutar, tem muitas vezes o preconceito de não aceitar que os outros possam pensar de modo diferente.

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    1. Marcos, meu querido, seus "pitacos", como você nomeia seus comentários, são, em verdade, textos excelentes. São sempre ensaios, textos de opinião... maravilhosos. Engraçado como os sentidos das palavras, com o correr do tempo e devido a outros fatores, vão mudando, não é? Lembrei-me, por exemplo, de "famigerado", que dá nome a um dos melhores contos do Rosa. Querido, mais uma vez, obrigado, muito obrigado por dividir comigo sua escrita altaneira. Obrigado pela visita - sempre honrosa - a este "blog". Um beijo imenso. Tenho muitas saudades de conversar - pessoalmente - com você.

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  5. Continuando a exorbitação rs.
    “Pode-se discernir processos paranoicos (o que muita gente, neste caso, considera mera intolerância) em diversas seitas e ideologias, com a desvalorização e a perseguição daqueles que parecem opor-se ao seu sistema de crença caracterizado por forte investimento narcísico.” Harold P. Blum(Professor Clínico de Psiquiatria e Supervisor e Analista de Treinamento no Instituto Psicanalítico do Centro Médico da Universidade de Nova York e também Diretor Executivo dos Arquivos Sigmund Freud).
    E numa sociedade onde tudo é socialmente aceito, tudo acaba sendo tolerado.Quem não vive como pensa, acaba pensando como vive. Aprender a observar a realidade do ser pessoal e do ser social é a melhor forma de compreender o limite que existe nas coisas e nas pessoas. Caso contrário, gastar-se-ia tempo moendo água, encontrando defeitos onde existem apenas características. Com certeza assim, seríamos mais tolerantes com os outros (dependendo...não é possível tolerar/aceitar/ser amigo de racista, homofóbico, misógino, corrupto, mau caráter, bandido, traficante, estuprador, pedófilo e inúmeras traqueiras/mazelas existenciais) e conosco próprios.

    Para incrementar ou elucidar, conceitualmente, minha singela contribuição:
    Aversão ou ódio ao homossexual ou à homossexualidade.

    O que a prática clínica psicanalítica nos mostra empiricamente é que o comportamento sociopata dos indivíduos homofóbicos costuma ser um exemplo clássico de formação reativa, um mecanismo de defesa do ego que consiste basicamente em atacar no outro aquilo que se encontra presente em si próprio, ou seja: eles reagem violentamente contra aquilo que não toleram em suas próprias estruturas psíquicas, e o fazem agredindo aqueles que têm a coragem de ser o que são. É recalque puro. São neuróticos clássicos, pois sofrem – e sofrem muito; na verdade, são ESCRAVIZADOS - com a luta dentro de si próprios entre o desejo que sentem, e a proibição que lhes foi imposta pela “educação” que receberam dos pais, ou de uma religião, ou mesmo da própria sociedade. Muitos deles também foram vítimas de abuso sexual. São pessoas, em geral, extremamente tristes, sisudas, amarguradas e ressentidas, e sua doença (sim, a homofobia é doença) , sem tratamento psicoterápico e medicamentoso, pode facilmente evoluir para um quadro depressivo grave, onde não raro protagonizam cenas deprimentes de auto-mutilação e tentativas de suicídio. Vários deles encontram-se, neste exato momento, ocupando importantes cargos de autoridades eclesiásticas, lideranças políticas e policiais, "AROUND THE WORLD". E, lamentavelmente, o fim de vários deles será o manicômio, a prisão ou a sarjeta. Há , inclusive, estudos que comprovam a ocorrência de disfunção erétil e/ou de pênis de pequenas proporções para a grande maioria dos infelizes ou doentios homofóbicos. Sinto um misto de desprezo e pena, por estes sub-seres intoleráveis.
    Abração e beijão

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    1. Que texto ótimo, Marcos! Há pouco, assisti a um vídeo (mais um!) no YouTube com o Karnal. Excelente! Veja: https://youtu.be/AHjkNlGVCCs. Obrigado, meu querido.

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    2. Gratíssimo pelas suas: tolerância, gentileza, altruísmo, generosidade, etc. Receber um elogio de você , que é elogiabilíssimo!!!...dá-me coragem ou ousadia para "pitacar um bucadinho mais rs". Quem manda alimentar???rs. Tenho, também, "sodades" das nossas conversas jogadas dentro, quando cintilam sua inteligência, seu bom senso, seu capital cultural e, claro, seu finíssimo e adorável sarcasmo ("superbe"!). "Bisous" + Abraçaços e beijaços.

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    3. Querido Marcos, muito obrigado. E volto a frisar: o texto é ótimo mesmo! Sou fã faz tempo de sua escrita, que tem assinatura. Pois é, precisamos conversar pessoalmente. Morro de vontade do Rio, de você, da Ithamara. Beijos.

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