terça-feira, 4 de agosto de 2020

CARTA A UM EX-AMOR



POIS É
Chico Buarque e Tom Jobim

Pois é
Fica o dito e o redito por não dito
E é difícil dizer que foi bonito
É inútil cantar o que perdi
Taí
Nosso mais-que-perfeito está desfeito
E o que me parecia tão direito
Caiu desse jeito sem perdão
Então
Disfarçar minha dor eu não consigo
Dizer: somos sempre bons amigos
É muita mentira para mim
Enfim
Hoje na solidão ainda custo
A entender como o amor foi tão injusto
Pra quem só lhe foi dedicação
Pois é, e então...


CARTA A UM EX-AMOR 

Via Láctea, Terra, Brasil (ou Brazil?), agosto, 2020...

Meu caro ex-amor:

Cá estou, em pleno século XXI, pensando no Tempo (com inicial maiúscula mesmo, como no Romantismo, para personificá-lo). Parafraseando Gil Vicente, o tempo é, sim, o tal monstro devorador que sai engolindo tudo que encontra pelo caminho. No entanto, ele é também, na definição "caetanovelosamente" linda, "um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho".
Talvez, em nossa história, o Tempo tenha sido a grande personagem. Não sei se o monstro do Gil Vicente ou o senhor bonito da canção do Caetano. Talvez os dois. Ele foi transformando tudo. Transformou a sua e a minha vida. Cobriu tudo de silêncio e trouxe o afastamento. Ambos necessários. Tudo tramado, costurado ou remendado por ele, o Tempo, o protagonista de todas as histórias. Não só da nossa. 
É Estranho e, até certo ponto, compreensível como as pessoas vão se desgarrando umas das outras, já reparou? Em nosso caso, eu bem que gostaria que não tivesse havido despedida, como numa das crônicas de nosso conterrâneo Rubem Braga, cujo título é exatamente “Despedida”: “(...) alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação. (...)”.

No entanto, em nosso desfecho, ao contrário do que narra Braga, houve, sim, despedida. E uma despedida formal, com hora marcada e carta-desabafo, lembra? Foi num dia emblemático. Tanto tempo depois, ainda penso na importância desse texto. Imensa! Essa carta foi catártica naquele momento, naquele Tempo (!). Eu precisava fazer aquele desabafo, e você, lê-lo posteriormente.  Não sei se o fez. Guardei-a, mas não me pergunte por quê. Volta e meia, mexendo em papéis cheirando a guardado, surge essa carta à minha frente. Não a releio. Ficou velho o desabafo, mas o Tempo (ei-lo de novo!) se encarregou de deixar o conteúdo do texto vivo em minha memória. Sem força, esmaecido, mas vivo. A raiva envelheceu e até morreu. É, tive raiva, exatamente porque o tal amor foi, como diz o Chico, muito injusto "pra quem só lhe foi dedicação". Mas o Tempo (novamente ele!), graças aos deuses, corre, "nos" sereniza e dá nutrientes e defesa para o que virá depois: "Enquanto sofre, o coração intui / que, ao mesmo tempo que magoa, o tempo flui / (...) E, ao mesmo tempo que machuca, o tempo / me passeia (...)"¹. Então, quando se constata que o Tempo "nos passeia", é que chegou o tempo do perdão, mas lembrando que perdoar não é esquecer. Temos memória! Perdoar, para mim, é não ter mais raiva.

É... estamos na história de um e do outro. Não há como negar! Não dá "pra" esquecer. "As lembranças anoitecem, mas não morrem"². E essas lembranças, que não morrem, sempre “me” vêm como se elas fossem um rio bem caudaloso e formado por dois braços. No primeiro, estão as histórias de ternura, carinho, afeto, amor, apascentamento, felicidade, enlevo, alegria... E foram muitas as situações com esses ingredientes. Será que essas situações e esses bons sentimentos teriam alguma relação com aquela ilusão (pareidolia) que nos faz enxergar São Jorge na lua, montado em seu dragão? Houve um tempo em que pensei que sim. Hoje, prefiro pensar que tudo foi prazeroso e sincero para os dois, pelo menos durante um tempo. Para mim, sempre foi muito bom oferecer "um ombro de algodão / pra ajeitar seu sono”³. Proteger e cuidar. Um gesto paternal e delicado, que, durante um tempo, pautou nossa história. Nosso caso foi raro. Nele, não havia a ditadura da libido. Em lugar de algo opressor e forçoso, havia delicadeza, tão escassa neste mundo arrogante e utilitarista, em que quase tudo está a serviço de prazer banal e momentâneo. 
No outro braço do rio, estão as lembranças pouco nobres, desagradáveis. Entre elas, traição e mentira, que, infelizmente, também não ficaram esquecidas. Esse braço do rio, ignóbil, sacana, não combinou com uma relação ventilada por música e poesia. Mesmo assim, o rio se incumbiu dessa mudança de curso. E aí o trem descarrilou. No início, tudo ficou bem confuso: "Às vezes, ficam faltando pedaços demais / Nas vezes que vão largando pedaços de nós (...) Às vezes, ficam juntando pedaços demais / Nas vezes que vão lembrando pedaços de nós (...)", como na letra de "Era tudo verdade, de Dudu Falcão; depois, tudo se clarificou.   
E possíveis reencontros, hoje, poderiam existir? Qualquer um, lembrando Braga, versaria sobre reminiscências? É quase certo que sim. Será que, no presente, somos uma roldana no poço seco? Espero que não. Então, "fica o dito e o redito por não dito". 

NOVAMENTE
Alexandre Lemos e Fred Martins 

Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa 
O tempo, o tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E, ao mesmo tempo que machuca, 
O tempo me passeia

Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil do pólo sul
Há dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul

A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois 
E arriscam uma fuga contra o tempo 
O tempo salta 


OUTRA TARDE 
Márcio Proença e Marco Aurélio 

Que saudade de você, que saudade
Outra tarde sem você, outra tarde
O sereno nos meus olhos chuviscando 
Tão distante entre nós, um oceano

Que saudade de você, que saudade
Eu fiquei sem lhe dizer, é tão tarde 
O desejo no meu peito me apertando 
Que vontade de dizer que eu te amo 

Que saudade de você, que saudade
Outra tarde vai morrer , outra tarde 
As lembranças anoitecem, mas não dormem 
Tanto tempo entre nós, um oceano

Que saudade de você, que saudade 


MÃOS DE AFETO 
Vitor Martins e Ivan Lins 

Preparei minhas mãos de afeto
Pra esse rapaz encantado
Pra esse rapaz namorado
O mais belo capataz de todos os cafezais
O mais belo vaqueiro de todos os cerrados

Eu tinha um ombro de algodão
Pra ajeitar seu sono
Eu tinha uma água morna
Pra lavar o seu suor
E o meu corpo uma fogueira
Pra esquentar seu frio
E minha barriga livre
Pra gerar seu filho

Preparei minhas mãos de afeto
Pra esse rapaz encantado
Pra esse rapaz namorado
Que partiu pra nunca mais
Traído nos cafezais
E os seus olhos roubaram o verde dos serrados
E os meus olhos lavaram todos os meus pecados


ERA TUDO VERDADE 
Dudu Falcão 

Às vezes conto histórias
Nem eu entendo direito
Se misturei as memórias

Se te guardei de mau jeito

Às vezes, ficam faltando pedaços demais

Nas vezes que vão largando pedaços de nós

Eu ando querendo falar com você

Eu ontem sonhei e achei
Era tudo verdade
Tanta felicidade não me deixou dormir

Às vezes, conto histórias
Só eu entendo direito
Fizemos juras secretas
Fizemos planos malfeitos
Às vezes, ficam juntando pedaços demais
Nas vezes que vão lembrando pedaços de nós
Eu ando pensando em te esquecer
Eu hoje acordei quando vi essa tal realidade
Minha felicidade não te deixou partir

Às vezes, ficam faltando pedaços demais




¹ Novamente (Fred Martins e Alexandre Lemos)
² Outra tarde (Márcio Proença e Marco Aurélio)

³ Mãos de afeto (Vitor Martins e Ivan Lins)

4 comentários:

  1. Seu texto, para variar, é ótimo , envolvente , além de super, hiper, bem redigido (característica relevante e sua) , como havia previsto.

    Hesitei muito para "pitacar" ou digitar minhas sempre tão mal traçadas linhas.
    Não sou a pessoa indicada "para falar de amor eros".
    É que não conheço ou não experimentei na minha vida um relacionamento amoroso, com sexo, e com este enredo: " histórias de ternura, carinho, afeto, amor, apascentamento (linda esta palavra!) , felicidade, enlevo, alegria... E foram muitas as situações com esses ingredientes".
    Certamente, só pode ser "bão dimais da conta, sô!".

    Desde muito jovem percebia ou intuía que o amor eros não me convencia. Ou que não tinha perfil, ou talento, ou dom , ou vocação para ele, ou seja, sempre dele duvidei rs.

    Já próximo dos 30 anos os amigos insistiam que eu tinha de experimentar, até mesmo para comprovar, ou não, o que a intuição sinalizava: um total descrédito rs.
    Surgiu uma oportunidade e, talvez, mais pelo desafio do que pela emoção. Embarquei na canoa furada rs. A criatura era bonita, gostosa, inteligente, mas problemática mesmo. Tive a infeliz ou alucinada idéia de ajudar...Imaginava que eu iria (quanto prepotência idiota, de Madre Teresa de Calcutá rs ) , com o tempo, adestrar ou "curar" a figura o suficiente para ficar mais agradável ou menos tensa. E caí numa armadilha que foi um sufoco. Com o tempo percebi que o problema da pessoa, era paranóia e baixíssima auto-estima.
    Foi uma relação tão traumatizante que jurei nunca mais relacionar-me afetiva e eroticamente, ou casar ou namorar com mais ninguém. Foi o preço que paguei por trair a intuição de escorpiano. Um rico aprendizado, sem dúvida.
    E tenho cumprido, com felicidade e facilidade rs. No afeto, os amigos, no sexo, os desejados rs.
    Bem, numa outra oportunidade detalho melhor, se quiser.

    Muitos anos depois, encontrei , academicamente, o que sempre acreditei, no âmbito da intuição. Vou compartilhar:

    "O paradoxo do amor reside justamente no fato de que o que falta ao amante é precisamente o que o amado não tem.
    Uma escola de amor infeliz.?
    O desejo de saber o que o amor é esbarra com algo indizível. Assim, o que não pode ser dito e escrito converte o amor em “um mal, que mata e não se vê”, em “um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei por quê” (Camões). Amar e saber o que é amar são coisas diferentes. Amar é um acontecimento que nunca se esquece; é inventar sentidos para a existência no mundo. Saber o que é amar é impossível, porque “quem ama nunca sabe o que ama; nem sabe por que ama, nem o que é amar” (Fernando Pessoa).

    Diante da impossibilidade de saber toda a verdade, fala-se de amor. Isso é o que vem sendo feito há séculos. Platão, em O Banquete, retrata os lugares do discurso: o do amante e o do amado. Jacques Lacan (1901-1981) baseia-se no amor grego para articular o par amante-amado com a estrutura do amor. Aquele que experimenta a sensação de que alguma coisa lhe falta, mesmo não sabendo o que é, ocupa o lugar de sujeito do desejo (amante); aquele que sente que tem alguma coisa, mesmo não sabendo o que é, ocupa o lugar de objeto (amado). O paradoxo do amor reside justamente no fato de que o que falta ao amante é precisamente o que o amado não tem. Se Eros nasce de uma aspiração impossível, que é de dois fazer um, o ser humano inventa o mito do amor, sustentado na promessa de felicidade. E, enquanto isso não vem, o bem se transforma em mal, inaugurando uma escola de amor infeliz.

    Há uma infinidade de amores. Mesmo assim, o amor não é a panaceia para a dor de existir, inclusive porque, como nos ensina um poema do século 16 atribuído a Camões (“Amor É Fogo que Arde sem Se Ver”), como se pode esperar paz, harmonia e felicidade nos corações humanos, “se tão contrário a si é o mesmo amor”?

    Nadiá Paulo Ferreira é psicanalista e professora titular de literatura portuguesa do Instituto de Letras/UERJ.



    Grande e caloroso abraço.

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  2. Querido Marcos, que assunto espinhoso, cascudo o que escolhi, não é mesmo? "Relacionamento amoroso" é algo, no mínimo, perturbador. AMOR (ou o que chamam de amor) é perturbador. Sua sinceridade ao dizer que "desde muito jovem" o "amor eros" não o convencia é muito clara e convincente. Acho (não é "teoria do achismo") que esse tal "amor eros" exige, entre outros requisitos, o que chamam de "vocação 'pra' par". Hoje, não sei, sinceramente, se tenho essa vocação. Em verdade, acho que nunca tive. Seu texto, meu amigo, bem pensado e bem escrito, suscitou em mim uma série de questões. Continuemos: vontade de desejar-se no outro e, nele, encontrar algo "de si mesmo"? Podem nascer daí muitos relacionamentos? Seria a vontade/a necessidade do "diálogo"? "O amor não é", ao contrário do que muitos pensam, "a panaceia para a dor do existir". Perfeito o texto de Nadiá Paulo Ferreira. Mais uma vez, muito obrigado, meu amigo, pelo texto, pela visita ao blogue, pelo carinho de sempre. Um beijo.

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  3. Fico muito feliz em agradar um "cadim" ao mestre. Agradeço tanta generosidade de sua parte. De fato é tudo a minha verdade, há décadas. Mas não estou sozinho nesta empreitada rs. Vou compartilhar mais alguns textos, para "ornar" seu blogue rs. Beijos, meu amigo querido.

    "Para mim, fica claro que o amor é um processo infantil que costuma se perpetuar ao longo da nossa vida adulta. A amizade é um tipo de aliança muito mais sofisticada porque não busca a fusão e sim a aproximação de duas criaturas que tenham importantes afinidades éticas e interesses em comum.

    Nossa parte adulta estabelece vínculos respeitosos e ricos em intimidade, que correspondem à amizade. No amor, nossa parte infantil tende a estabelecer um elo único com outra pessoa, em relação à qual passamos a ter expectativas similares àquelas que tínhamos de nossa mãe.

    Não tenho dúvidas a respeito: amizade é um processo muito mais adulto do que aquele que chamamos de amor.

    FLÁVIO GIKOVATE - PSIQUIATRA , MÉDICO E PSICOTERAPEUTA

    'O amor é um delírio. Nosso amor é mais uma articulação mental que uma realidade concreta'..Evaristo Magalhães-filósofo e psicanalista.
    Cada 'serumano" entende ou sente ou inventa o 'amor" do seu jeito. Sim , ele é um tipo de amuleto...precisa nele acreditar rs. Há inúmeras formas de amor..reais, tais como ; aos filhos, ao conhecimento, às artes, á amizade, á natureza, aos animais, etc.


    Quero saber por que a pessoa que amo me faz sofrer tanto e quando vou ter chance no amor.
    Bana
    Bana, a pessoa que você ama a faz sofrer porque você permite. Se uma relação traz sofrimento ela pode ter muitas definições, menos amor. Baixa auto-estima, remorsos e culpas, que você não localiza, vontade de sofrer (masoquismo), necessidade de ser dominada e dependente. O amor virá quando esses sentimentos negativos forem superados.
    Talvez seja interessante uma terapia.
    Um abraço,
    Marina Borges (PSICOTERAPEUTA).

    A loucura e o amor
    Conta-se que certa vez, em um lugar muito distante, estavam reunidos todos os sentimentos. Então a loucura propôs que todos brincassem de pique esconde e todos concordaram, menos o medo, que tinha medo de se esconder.

    A brincadeira começou, e a loucura começou a contar de zero a 100. Todos foram procurar um bom lugar para se esconder. A pressa saiu correndo e se escondeu atrás da primeira pedra que encontrou, a beleza se escondeu em um lago cristalino; o orgulho foi se esconder no meio das nuvens, pois era muito orgulhoso e queria sempre conseguir mais que os outros. A preguiça com muita calma encontrou esconderijo debaixo de uma árvore, pois ali poderia descansar. Assim todos os sentimentos foram encontrando esconderijo, a inveja, a raiva, a tristeza e todos os outros. Mas o amor ainda não havia encontrado um lugar pois todos estavam ocupados, até que viu um enorme jardim de rosas, e ali se escondeu...

    Noventa e nove cem! A loucura começou a procurar, e em primeiro lugar encontrou a preguiça dormindo muito tranqüila, encontrou a inveja junto com a tristeza, pois queria fazer tudo o que os outros fazem. A loucura ficou cansada e foi beber água e encontrou a beleza. E assim foi encontrando todos os sentimentos, o orgulho lá no alto entre as nuvens, o egoísmo, a raiva...

    E todos os sentimentos já haviam sido encontrados, só faltava o amor! Então a loucura ficou no meio do jardim de rosas, procurou, procurou, e acabou ferindo os olhos do amor com os espinhos. A loucura pediu perdão e implorou para que o amor permitisse que ela o guiasse pelo resto da vida, e o amor aceitou. E a história nos conta que a partir desse dia o amor é cego e é guiado pela loucura...



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    Respostas
    1. Marcos, meu querido, muitíssimo obrigado pelos textos, que são ótimos! Lendo Gikovate, lembrei-me destes versos de "Língua" (Caetano Veloso): "(...) Eu sei que a poesia está para a prosa / Assim como o amor está para a amizade / E quem há de negar que esta lhe é superior? (...)". Bateu! Ah, e o Evaristo, esse excelente filósofo e psicanalista? "O amor é um delírio". Obrigado por Marina Borges também. "O amor é cego e é guiado pela loucura...". Vixe! Muito obrigado, meu amigo.

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