quinta-feira, 5 de maio de 2011

MELODIOSA AO EXTREMO



Mônica Salmaso. Antes de ouvi-la em seu primeiro disco, Voadeira, li sobre ela. Causou rebuliço a moça. E olhe que causar rebuliço depois do surgimento de Marisa Monte no cenário artístico não era para qualquer um. A moça impressinou deveras. Mostrou que há mais excelentes cantoras que vieram depois de Marisa. Os jornais só falavam dela, de Mônica Salmaso. E que voz! Fiquei pasmado quando a ouvi. Melodiosa ao extremo. Recentemente, ouvi sua gravação de Mariposa, do Álbum musical 2, do Francis. Ai, que doce deleite. No som do carro, repeti, repeti, repeti, repeti... e não enjoei: “Ó filhinha minha, não sai de perto até clarear / Tua mãe tem medo e precisa muito do teu olhar (...)”. A voz é especial mesmo. É rara. Para conferir seu canto raro, basta ouvi-la acompanhada da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e da Banda Mantiqueira. Meu Deus! A “viagem”, de trem, prestando atenção aos detalhes poéticos do caminho, levará você a vários “pontos encantados”: A rã, Beatriz, Apanhei-te, cavaquinho, Eu te amo e por aí vai. Pois é, ouvir Mônica Salmaso é mais ou menos isto: viajar de trem, bem devagar, e ficar encantado com todas as belezas que despontam por caminhos com que não estamos acostumados. Quando a ouvi em Canto em qualquer canto, de Ná Ozzetii e Itamar Assumpção, que está em seu primeiro disco, Voadeira, fiquei mais que comovido: “Vim cantar sobre essa terra / Antes de mais nada, aviso / Trago facão, paixão crua / E bons rocks no arquivo (...) É muito melodiosa a voz dessa moça. Quanto ela canta “O pé de ipê tava vivo”, então, o canto atinge outra esfera. Bate, coração! Meu coração bate forte quando ouço Mônica Salmaso.

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