segunda-feira, 2 de maio de 2011

FILME É OBRA DE ARTE

Filme, para mim, tem de ser obra de arte. Assisto a alguns "ene" vezes. E, a cada vez, minha vida muda.

“(...) sempre sinto que sou anormal por não conseguir seguir em frente. As pessoas têm um caso, ou até relacionamentos, terminam e esquecem tudo. Muda como trocam de marca de cereal. Sinto que não esqueço as pessoas com as quais estive porque cada uma tem qualidades específicas. Não dá para substituir ninguém. O que foi perdido está perdido. Cada relacionamento que termina me magoa. Nunca me recupero. Por isso, tenho cuidado quando me envolvo com alguém, porque dói demais. Eu evito até transar porque vou sentir saudades de coisas mundanas daquela pessoa. Tenho obsessão com pequenas coisas. Talvez eu seja louca, mas, quando eu era menina, minha mãe me disse que eu sempre chegava atrasada à escola. Um dia, ela me seguiu para saber o motivo. Eu ficava vendo as castanhas caírem das árvores e rolarem na calçada ou as formigas atravessarem a rua ou a sombra de uma folha num tronco de árvore. Coisas pequenas. Acho que com gente é igual. Vejo pequenos detalhes específicos de cada coisa que me comovem e sinto saudades deles depois. Não se pode substituir ninguém porque todo mundo é uma soma de pequenos e belos detalhes. Lembro que sua barba tem fios avermelhados e que o sol os fez brilhar naquela manhã, um pouco antes de você partir. Lembrei disso, e senti saudades. É muito louco, não é?”

(Celine, em ‘Antes do pôr-do-sol”)


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